Abstinência do cigarro: saiba como superar os sintomas

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Publicado Segunda, 29 de Outubro de 2018 às 08:34, por: CdB

Os sintomas da abstinência do cigarro variam de pessoa para pessoa, considerando o nível de dependência. Reações são passageiras e tendem a desaparecer em algumas semanas.

Por Redação, com ACS - de Brasília

Os sintomas da abstinência do cigarro variam de pessoa para pessoa, considerando o nível de dependência. Reações são passageiras e tendem a desaparecer em algumas semanas
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Os sintomas da abstinência do cigarro variam de pessoa para pessoa, considerando o nível de dependência
Dor de cabeça, irritabilidade, dificuldade de concentração, ansiedade e alteração do sono são alguns dos sintomas da abstinência do cigarro. Esse conjunto de reações desconfortáveis, que podem incluir o aumento do apetite, tristeza e até depressão, é chamado de síndrome de abstinência da nicotina. A psicóloga e técnica da Divisão de Controle de Tabagismo do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), Vera Lucia Gomes Borges, explica que é justamente a síndrome de abstinência o que mais dificulta que as pessoas parem de fumar. – Quem quer parar de fumar precisa saber que os sintomas da abstinência do cigarro são transitórios e vão passar – ressalta Vera. “A primeira semana pode ser a mais difícil, mas isso significa que o corpo está se adequando a uma nova forma de funcionar. Por mais desconfortável que seja, a síndrome de abstinência da nicotina é um sinal de que o organismo está voltando a funcionar normalmente”, completa. Com o entendimento de que o fumante é um dependente químico da nicotina, que é uma droga que atua no cérebro estimulando de forma desordenada a liberação de substâncias responsáveis pela sensação de bem-estar e prazer, é possível compreender que ao parar de fumar haverá uma menor concentração dessas substâncias no organismo e essa mudança provocará a síndrome de abstinência. Segundo a especialista do INCA, a intensidade dos sintomas de ficar sem o cigarro variam de pessoa para pessoa, considerando também o nível de dependência. Contudo, todas as reações são passageiras e tendem a desaparecer em uma ou duas semanas – no máximo um mês. Dor de cabeça, tonteira e tosse são sinais do restabelecimento do organismo. Já o sintoma mais intenso e mais difícil de se lidar, a chamada “fissura" (grande vontade de fumar), tende a ficar mais tempo que os outros sintomas, mas cada vez que a fissura surge não dura mais que cinco minutos, e com o tempo vai perdendo a intensidade.

Enfrentando o primeiro dia sem fumar

Quase um ano após deixar de fumar, Hamilton Veiga, 39 anos, conta que o primeiro dia sem fumar foi o mais difícil, mas valeu a pena enfrentá-lo para se livrar dos 22 anos de fumante. – Acordava de manhã e a primeira coisa que fazia era acender um cigarro. Quando resolvi parar de fumar, o primeiro dia foi o mais crítico. Senti aquela fissura, muito desespero e passei o dia inteiro mal, com vontade de fumar, muito nervoso. Cheguei a cancelar compromissos. No final do dia estava muito tenso. Aí fui na casa de um amigo, conversei um pouco e consegui relaxar, voltar para casa e dormir. No dia seguinte acordei, joguei a carteira de cigarros fora e foi imediato: já não tinha mais vontade de fumar – relembra. A especialista do INCA destaca que os sintomas de abstinência aparecem de maneira mais acentuada e desconfortável, especialmente 24h após a pessoa deixar de fumar, conforme descrito por Hamilton. – Ao parar de fumar e assim reduzir a estimulação de substâncias no cérebro responsáveis pela sensação de bem-estar e prazer, a pessoa pode ficar muito irritada ou ansiosa, ter dificuldades de concentração ou apresentar problemas para dormir. Pode também sentir mais apetite ou necessidade de comer mais para lidar com a ansiedade e até mesmo tristeza e depressão – pontua Vera Lucia. Para ela, é fundamental compreender a transitoriedade do desconforto para logo se beneficiar da sensação de liberdade que é não ter que obedecer a ordem interna para acender outro cigarro. “Quando a pessoa para de fumar experimenta a liberdade para fazer do tempo dela o que quiser”, assegura.
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