Acabar com mutirão escravo é meta do candidato a vice do PDT

 
A principal meta do biólogo Henrique Porto, candidato a vice-prefeito de São Gonçalo pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), é  um programa ousado de grandes frentes trabalhistas para a geração de emprego e renda. Sendo o mais novo dos vices, com 38 anos de idade, se for eleito, ele garante que  tanto os mais jovens, quanto os mais velhos terão a certeza de empregos diretos e indiretos através de um grande plano de governo. Esse projeto, segundo ele, vai acabar com os chamados mutirões escravos, nos quais a comunidade trabalha para a Prefeitura sem nenhuma remuneração. Para Henrique, dois dos maiores problemas do município poderão ser reduzidos dentro dessa iniciativa:  o desemprego, que atinge mais de 50% da população gonçalense e a questão do saneamento básico e pavimentação de ruas da periferia da cidade.  O impasse e a dificuldade criados pelas empresas situadas em São Gonçalo no que tange ao Programa Menor Aprendiz, do Governo Federal, também será solucionado.  O centro comercial de Alcântara, com inúmeras lojas de roupas, é uma outra área visada nesse projeto, caso o partido de Henrique retorne ao comando do Governo Municipal. Henrique confessou que tem como compromisso pessoal com a população formar cooperativas de costureiras e fortalecendo ainda mais o comércio e a geração de renda de trabalhadores autônomos.
 
C do B – Seus projetos relacionados a questão do desemprego vão exigir muita dedicação e auxílio profissional de fora da Prefeitura?
 
Henrique Porto — Vontade de colocar a mão na massa é o que não nos falta. Além disso, queremos proporcionar melhoria na qualidade de vida sem essa demagogia corriqueira que já estamos ouvindo há quase duas décadas. Para o Programa das Frentes de Trabalho, pensamos no auxílio das Universidades Públicas, que terão uma função crucial no ponto de partida da nossa iniciativa, se formos eleitos em outubro. Faremos uma parceria com essas instituições que nos ajudarão elaborando e organizando o cadastro de jovens e adultos que estejam em situação de desemprego no município. A partir daí, iniciaremos uma ação conjunta de criação de emprego, geração de renda,  saneamento e pavimentação das ruas.
 
 Henrique Porto — De que forma esses problemas poderão ser solucionados ao mesmo tempo, já que o número de vias sem calçamento e saneamento básico  atinge boa parte do município?
Depois que as universidades organizarem o cadastro e dividirem os grupos de pessoas desempregadas por região, criaremos núcleos formados por moradores da própria comunidade para  trabalhar nas obras de pavimentação e reestruturação urbana. Esse projeto vai fazer com que  o município combata o cartel das empreiteiras, beneficiando a população, além de acabar com o chamado mutirão escravo.
 
C do B  —  Mutirão escravo?! Explique um pouco melhor sobre essa questão, por favor.
 
Henrique Porto —  Há algum tempo, quem mora em São Gonçalo, se tornou  escravo desses mutirões, nos quais  a Prefeitura fornece o material para a pavimentação  e os trabalhadores que residem em inúmeras comunidades do nosso município, ao final de um dia inteiro de trabalho, são obrigados a ir para as ruas  e fazer o serviço que deveria ser da responsabilidade total da Secretaria de Obras. Como as pessoas querem  desfrutar de ruas livres de  esgoto, barro  e buraco, acabam concordando com  esse absurdo. Por este motivo, pensamos em unir o útil ao agradável. Criando empregos e exterminando com essa exploração de mão-de-obra.
 
C do B — Até agora, o Srº.  falou apenas da população mais velha. E os jovens? Como serão aproveitados em seus planos de governo e como será tratada a questão do Programa do Menor Aprendiz, criado pelo Governo Federal?
 
Henrique Porto — Criaremos cursos profissionalizantes noturnos diferente