Publicado Quarta, 12 de Agosto de 2020 às 10:56, por: CdB
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que administra operações nesse mercado, tem visto um forte ritmo de migração de empresas para o nicho, com cerca de 130 adesões mensais até o momento, atrás apenas dos números de 2016.
Por Redação, com Reuters - de São Paulo
O Brasil tem registrado um volume de adesões quase recorde ao mercado livre de energia, ambiente em que empresas com certo nível de consumo podem negociar preços e condições diretamente com companhias de geração ou comercializadoras, ao invés de serem obrigatoriamente supridas por concessionárias de distribuição.
A geração de energia eólica aumenta, substancialmente, no litoral nordestino
A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que administra operações nesse mercado, tem visto um forte ritmo de migração de empresas para o nicho, com cerca de 130 adesões mensais até o momento, atrás apenas dos números de 2016.
— É o segundo melhor ano que estamos tendo. E a razão principal disso são os preços, que estão atrativos — disse à agência inglesa de notícias Reuters o presidente do conselho da CCEE, Rui Altieri.
Indústria
Em 2019, até então segundo ano em registro de migrações, em média 118 empresas aderiram ao mercado livre por mês.
O fluxo em 2020 acontece enquanto preços de contratos livres de energia recuam ao menor nível desde 2016, em meio à queda na demanda associada à crise do coronavírus, com quarentenas em diversos Estados e municípios para tentar conter a disseminação da doença levando ao fechamento de muitas empresas e reduzindo atividades na indústria.
O movimento lembra em parte uma onda vista em 2016, quando as migrações envolveram média de 192 empresas por mês, ajudadas por uma disparada das tarifas das distribuidoras enquanto a crise econômica derrubava os preços dos contratos bilaterais.
— Neste ano estamos com uma segunda onda. E a grande característica que estamos constatando agora é que isso é para atender consumidores pequenos — concluiu Altieri.