O criminalista Jonas Marzagão, advogado do contador Carlos Roberto Alves e do comerciante Carlos Umberto Pereira, afirmou que seus clientes não tentaram extorquir o ministro da Justiça.
- Eles foram ouvidos em declaração na Polícia Federal, ou seja, a autoridade policial não viu nenhum indício de ilícito por parte do Umberto e do Alves - destacou Marzagão, especialista em processos federais.
- É muito prematuro afirmar que o ministro mandou dinheiro para fora do País, mas não havia necessidade da assinatura dele para que a remessa fosse feita - disse o criminalista.
Alves depôs durante 5 horas, no dia 10. Ele foi contador da Ermovale Agropecuária Ltda. Hoje é funcionário graduado de uma cooperativa de café em Minas.
Em 1992, Alves trabalhava em uma empresa de auditoria em São Paulo e foi contratado para examinar a situação patrimonial da agropecuária. "Eu executei a operação de remessa, via Banco Excel, sob a coordenação e orientação do ministro", afirmou.
Segundo Alves, a Ermovale tomou o empréstimo junto ao Excel, mas não incorporou o dinheiro ao seu capital.
- O dinheiro foi enviado para a Piermont Corporation, passando por Montevidéu - declarou.
Ele afirmou que a operação foi realizada com base na Resolução 63, do Banco Central, que autoriza captação de recursos pelos bancos no exterior para empréstimo a empresas brasileiras.
Rio de Janeiro, Quinta, 18 de Abril de 2024
Advogado afirma que não houve extorsão
Arquivado em:
Publicado Quarta, 16 de Julho de 2003 às 21:48, por: CdB
Edição digital