Aécio Neves volta a ser investigado por suspeita de corrupção em Minas Gerais

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Publicado Quarta, 08 de Fevereiro de 2017 às 13:26, por: CdB

O suposto pagamento de propina a Aécio Neves, na obra, porém, consta na delação premiada de outros executivos da Odebrecht. A peça processual foi homologada no STF, no início deste mês

 

Por Redação - de Belo Horizonte

 

Após ser citado nas delações premiadas de réus na Operação Lava Jato, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (PSDB-MG) está diante de mais um complicador. A Promotoria de Defesa do Patrimônio Público do Ministério Público de Minas Gerais segue adiante na investigação das suspeitas de fraude em licitações nas obras da Cidade Administrativa de Minas Gerais. Trata-se do projeto mais caro na gestão do tucano naquele Estado, entre 2003 e 2010.

Propina em Minas

O inquérito civil público foi aberto em setembro do ano passado após denúncia do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro. Ele citou, em delação premiada na Lava Jato, o suposto pagamento de propina de 3% do valor do empreendimento. O custo da obra chegou a impressionantes R$ 1,2 bilhão, um dos metros quadrados de construção mais caros do país. Um dos principais auxiliares do então governador Aécio Neves, o empresário Oswaldo Borges da Costa Filho seria o ponto de ligação entre o tucano e a propina.

aecio-neves.jpgAécio Neves é, mais uma vez, citado como corrupto por delator à Polícia Federal

O inquérito aponta para ‘supostas irregularidades referentes às obras da Cidade Administrativa de Minas Gerais, consistentes no pagamento de vantagem indevida pela empresa OAS, uma das participantes de um dos consórcios responsáveis pelo empreendimento, a Oswaldo Borges da Costa Filho, então presidente da Codemig, órgão estatal que realizou o correspondente procedimento licitatório’.

Obra cara

A delação de Léo Pinheiro, porém, foi suspensa pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no ano passado após o empreiteiro – condenado a 26 anos por corrupção e lavagem de dinheiro – citar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, como receptador de dinheiro sujo.


O possível pagamento de propina a Aécio Neves, na obra, porém, consta na delação premiada de outros executivos da Odebrecht.

A peça processual foi homologada no STF, no início deste mês. A PGR, segundo nota de colunistas, na internet, tende a instaurar um novo inquérito contra Aécio Neves, na Suprema Corte, para investigar se recebeu, ou não, dinheiro público desviado das obras na Cidade Administrativa.

Todos citados

Ao mesmo tempo, o Ministério Público de Minas Gerais também apura o episódio envolvendo a licitação do complexo administrativo. Este mesmo conjunto de edifícios já foi alvo de outro inquérito em 2007, quando foi lançada a licitação. Na época, o consórcio formado pela Construcap (CCPS) – Engenharia e Comércio S/A e a Convap Engenharia S/A. A Construtora Ferreira Guedes S/A, que também participou do certame, entrou com uma representação no Ministério Público, questionando o procedimento licitatório da Codemig,

Todos os membros integrantes da comissão especial responsável do órgão pela obra foram citados no processo.

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