Os resultados obtidos durante a realização do LIRAa fornecem informações sobre os índices de infestação com o objetivo de otimizar e direcionar as ações de controle do vetor, além de permitir à população saber quais os tipos de depósitos que apresentam maiores condições de servir como criadouros para o mosquito.
Por Redação, com ACS – de Rio de Janeiro
A partir de segunda-feira, 1.654 agentes de vigilância em saúde entram em ação para realizar mais um Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa). Durante cinco dias, 103.824 imóveis, selecionados nos quarteirões sorteados em todo o município do Rio de Janeiro, serão visitados para identificação e análise de depósitos com condições para a proliferação do vetor, coleta de amostras de larvas de mosquitos e envio de dados para avaliação e identificação da espécie em laboratório.
Os resultados obtidos durante a realização do LIRAa fornecem informações sobre os índices de infestação com o objetivo de otimizar e direcionar as ações de controle do vetor, além de permitir à população saber quais os tipos de depósitos que apresentam maiores condições de servir como criadouros para o mosquito. Esse conjunto de ações possibilita a adoção de medidas de prevenção e controle das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.
– Esta etapa do LIRAa é de suma importância, pois antecede o verão, quando há maior chance de proliferação do Aedes, vetor das principais arboviroses urbanas como dengue, zika e chikungunya. A Secretaria Municipal de Saúde também realiza ações educativas e de mobilização social para orientar a população sobre as medidas de caráter individual e coletivo para a prevenção de arboviroses urbanas. No verão, essas ações são intensificadas – diz o secretário municipal de Saúde, Rodrigo Prado.
Municípios brasileiros
O LIRAa é um método de amostragem realizado em todos os municípios brasileiros, normalmente nas mesmas épocas, quatro vezes por ano. É uma importante ferramenta para se mapear as regiões da cidade onde o Aedes aegypti está presente, traçando assim as estratégias para controle do vetor. O município é dividido em estratos de 8,2 mil a 12 mil imóveis com características semelhantes e, em cada um desses recortes, 20% dos imóveis são visitados pelos agentes de vigilância ambiental.
No último LIRAa, em junho, 98.022 imóveis passaram por inspeção em 250 estratos em toda a cidade. Desse total de estratos, mais da metade, 133, estavam com índice de infestação predial (IIP) “satisfatório” (menor que 1% das amostras); 108 na faixa de “alerta” (de 1% a 3,9% das amostras); e apenas nove na classificação de “risco” (infestação acima de 3,9% das amostras). Vasos de plantas, pingadeiras e bebedouros são os criadouros mais comuns do mosquito.