O príncipe Albert II de Mônaco reconheceu oficialmente que Jazmin Grace, uma americana de 14 anos, é sua filha, afirma o advogado do soberano em uma entrevista ao jornal francês <i>Le Figaro</i>.
– O príncipe reconhece oficialmente uma paternidade já estabelecida juridicamente há algumas semanas – disse o advogado Tierry Lacoste.
Em julho de 2005, Albert II reconheceu a paternidade de Alexandre, que atualmente tem três anos, nascido de um relacionamento com Nicole Coste, uma ex-aeromoça de origem togolesa.
– Inicialmente havia sido decidido manter secreta esta paternidade, até a maioridade de Jazmin Grace. Porém, há algumas semanas os paparazzi a perseguem em Palm Springs e a situação se tornou insustentável para ela – explicou o advogado.
– No momento, Jazmin Grace continuará seus estudos nos Estados Unidos, mas terá a possibilidade de vir ao principado, de passar alguns dias aqui e, inclusive, de viver aqui – acrescentou.
– Jazmin Grace, descrita como uma jovem madura, simpática e inteligente, nasceu em março de 1992 em Palm Springs, Califórnia. Sua mãe, Tamara Rotolo, uma ex-camareira californiana, ficou grávida depois de um breve relacionamento com o príncipe durante o verão de 1991 – afirmam dois jornalistas do jornal <i>Le Figaro</i> em <i>Les dessous de la presse people</i>, livro lançado nesta quinta-feira.
– Não há outros filhos escondidos – afirmou uma pessoa próxima a Albert II aos jornalistas.
A existência de Jazmin Grace era conhecida há vários anos.
Na quarta-feira, o soberano não quis falar do assunto durante uma coletiva de imprensa na Eslovênia, onde se encontra em visita oficial de dois dias.
– Não tenho por costume referir-me, em coletivas, a temas de ordem particular e não vou transgredir esta regra – respondeu secamente Albert II ao ser indagado sobre a questão, junto ao presidente esloveno, Janez Drnovsek.
Solteiro e, até o momento, sem compromisso, Albert II assumiu o principado de Mônaco depois da morte de seu pai, Rainier III, em 6 de abril de 2005, afirmando seu desejo de que seu pequeno reino europeu continuasse sob o “lema da ética”.
Esta disposição parece confirmada pelo reconhecimento de uma segunda paternidade, segundo alguns de seus conterrâneos.
– Isso lhe dá uma imagem de homem responsável – afirmou Ginette, uma aposentada do principado. “
– Já fez isso com o menino, está certo que também reconheça a filha – aprovou Sylvie, funcionária de uma tinturaria de Monte Carlo.
– Isso reforça a imagem de um príncipe simpático e consciente de seus atos – ressalta.
Outros, em compensação, confessaram seu total desinteresse pela vida privada de seu soberano.
– Ele pode ter uma tonelada de filhos, para mim tanto faz, desde que não tenha de pagar a alimentação deles – declarou um monegasco chamado Claude ao jornal local Nice-Matin.