Amazônia registrou desmatamento 51% maior nos últimos 11 meses

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Publicado Terça, 20 de Julho de 2021 às 08:32, por: CdB

O desmatamento na Amazônia teve aumento de 51% nos últimos 11 meses, considerando o intervalo entre agosto do ano passado e junho deste ano. O percentual é um comparativo com o período de agosto de 2019 a junho de 2020, quando foram registrados 5.533 km² de devastação.

Por Redação, com Brasil de Fato - de Brasília

O desmatamento na Amazônia teve aumento de 51% nos últimos 11 meses, considerando o intervalo entre agosto do ano passado e junho deste ano. O percentual é um comparativo com o período de agosto de 2019 a junho de 2020, quando foram registrados 5.533 km² de devastação. Desta vez foram 8.381 km² em área destruída, segundo dados divulgados pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).
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Incêndios criminosos estão entre as ocorrências que contribuem para a devastação da Amazônia
A instituição aponta que o índice é o maior da última década. O bioma perdeu 4.014 km² em área somente no primeiro semestre deste ano, segundo especialistas do Imazon que acompanham os números. Em uma análise mês a mês, o instituto destaca que apenas em junho de 2021 a floresta perdeu 926 km², o equivalente a quase três vezes o tamanho da cidade de Fortaleza (CE). – Já vínhamos acompanhando esse aumento do desmatamento mensalmente, com recordes negativos. As áreas desmatadas em março, abril e maio foram as maiores dos últimos 10 anos para cada mês. E, se analisarmos apenas o acumulado em 2021, o desmatamento também é o pior da última década – assinala o pesquisador Antônio Fonseca.

Devastação

Pará e Amazonas são as duas unidades federativas que ocupam os primeiros lugares na escala dos Estados onde mais houve devastação em junho deste ano. Foram subtraídos, ao todo, 568 km² do bioma, o que corresponde a 61% do verificado nos nove estados que compõem a chamada “Amazônia Legal”. Seguindo a lista dos estados, Mato Grosso (14%) foi o terceiro com maior destruição em junho, sendo seguido por Rondônia (11%, Acre (9%), Maranhão (3%) e Roraima (2%). Em um outro recorte, os pesquisadores observaram que 63% do problema se deu em áreas particulares ou “sob diversos estágios de posse”. O levantamento mostra que 22% foram em assentamentos, enquanto 13% ocorreram em unidades de conservação e 2% em territórios indígenas.
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