Para 2018, a expectativa nos negócios é de que os preços dos imóveis se estabilizem; antes de retomar a trajetória de alta interrompida pela mais pior recessão em décadas.
Por Redação - do Rio de Janeiro e São Paulo
O mercado brasileiro de escritórios corporativos vive um aumento substancial na concorrência. O fato, considerado positivo por parte dos principais executivos do setor, ocorre no momento em que o crescimento bate quase 270% na ocupação em São Paulo e supera os 100% no Rio de Janeiro; apoiado na melhora da economia e da confiança entre os empresários.
Para o CEO da Flexioffice, Fernando Olinto Fernandes, há uma adequação aos novos tempos. A empresa é uma das pioneiras na alocação de espaços empresariais, no Rio de Janeiro.
Negócios imobiliários
— O mercado, mesmo durante o período mais agudo da crise econômica, suportou bem as exigências por novos custos. E soube negociar, tanto com os clientes quanto com os fornecedores, os novos patamares impostos pela realidade mais severa. Agora, com a retomada do crescimento no Brasil, há um crescimento na oferta e isso também vai demandar mais criatividade por parte das empresas — afirmou Olinto à reportagem do Correio do Brasil.
Para 2018, a expectativa é de que os preços dos imóveis se estabilizem; antes de retomar a trajetória de alta interrompida pela mais pior recessão em décadas. Mas esse processo não será uniforme e tende a variar conforme a região; mostrou estudo da consultoria imobiliária NAI Brazil.
A companhia, que é fruto de uma associação da Engebanc Real Estate com a NAI Global, quinto maior grupo de corretagem do mundo, atua no gerenciamento e supervisão de projetos; além de fazer avaliações de propriedades, tendo entre os clientes empresas como Petrobras, grandes bancos e redes de varejo.
Novo ritmo
— O mercado ainda não está 100% recuperado da crise mas ficou claro no fechamento do ano passado que o pior ficou para trás... 2018 tende a ser bom e pode ser espetacular se tivermos um cenário eleitoral benigno ao fim do primeiro semestre — afirmou à agência inglesa de notícias Reuters o presidente da NAI Brazil, Marcelo da Costa dos Santos.
Santos explicou que o mercado de escritórios corporativos tende a operar normalmente até o fim de junho ou início de julho, dando continuidade ao desempenho positivo do último trimestre do ano passado, mas a indefinição na política pode retardar o ritmo de atividade até as eleições. Ainda segundo ele, o desfecho mais favorável para o setor seria a vitória de um candidato de centro-direita com agenda reformista.