Ameaça de confronto entre EUA e Rússia paira sobre Síria

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Publicado Sexta, 13 de Abril de 2018 às 07:45, por: CdB

Especialistas internacionais em armas químicas estavam viajando para a Síria para investigar o alegado ataque a gás por forças do governo na cidade de Douma, que matou dezenas de pessoas

Por Redação, com Reuters - de Beirute:

A perspectiva de uma ação militar do Ocidente na Síria que possa levar à confrontação com a Rússia pairava sobre o Oriente Médio nesta sexta-feira, mas não estava claro se um ataque dos Estados Unidos era iminente.

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Ameaça de conflito entre EUA e Rússia paira sobre Síria

Especialistas internacionais em armas químicas estavam viajando para a Síria para investigar o alegado ataque a gás por forças do governo na cidade de Douma; que matou dezenas de pessoas. Há dois dias o presidente dos EUA, Donald Trump; alertou que os mísseis “estão a caminho” em resposta a este ataque.

Os aliados do presidente sírio, Bashar al-Assad, estavam ansiosos nesta sexta em colocar a culpa da crise não nele, mas em Trump.

O vice-primeiro-ministro russo, Arkady Dvorkovich; disse que as relações internacionais não devem depender do humor de uma pessoa pela manhã; numa aparente referência às declarações de Trump pelo Twitter.

– Não podemos depender do que uma pessoa do outro lado do oceano coloca na cabeça pela manhã. Não podemos assumir tais riscos – disse Dvorkovich durante um fórum.

A Rússia alertou o Ocidente contra atacar Assad, que também é apoiado pelo Irã; e afirma que não há evidência de um ataque químico em Douma; cidade próxima a Damasco que era controlada por rebeldes até este mês.

Vassily Nebenzia, embaixador russo na Organização das Nações Unidas (ONU); disse que “não posso excluir” uma guerra entre os Estados Unidos e a Rússia.

– A prioridade imediata é evitar o perigo da guerra – disse ele a jornalistas. “Esperamos que não chegue a um ponto sem retorno.”

Irã

O xeque Naim Qassem, vice-líder do grupo Hezbollah, apoiado pelo Irã; disse ao jornal libanês al-Joumhouria: “As condições não apontam para a ocorrência de uma guerra total... a não ser que Trump; e (o primeiro-ministro de Israel Benjamin) Netanyahu percam completamente a cabeça”.

Aliados dos EUA ofereceram palavras enfáticas de apoio a Washington; mas nenhum plano militar claro emergiu ainda.

May

A primeira-ministra britânica, Theresa May, obteve apoio de seus principais ministros na quinta-feira; para tomar ações não especificadas com os Estados Unidos e a França para impedir uma nova utilização de armas químicas por Assad.

Trump também deve conversar com o presidente francês, Emmanuel Macron; que disse na quinta que a França tem provas que o governo sírio realizou o ataque em Douma e decidirá sobre um eventual ataque quando todas as informações necessárias tiverem sido coletadas.

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