Amigo do presidente é alvo da PF no escândalo das vacinas indianas

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Publicado Quinta, 30 de Setembro de 2021 às 13:40, por: CdB

A operação foi feita em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF) e a Receita Federal, em investigação sobre um suposto esquema de lavagem de dinheiro. A busca foi autorizada pela Justiça Federal e é a terceira ação policial em duas semanas em endereços relacionados a Francisco Maximiano.

Por Redação - de Brasília
A Polícia Federal realiza uma operação de busca e apreensão, na manhã desta quinta-feira, na empresa Global Gestão em Saúde, alvo da CPI da Covid, e cujo o dono é Francisco Maximiano, também proprietário da Precisa Medicamentos.
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Neste cenário da pandemia, tendo como carro chefe a CPI da Covid, a polarização que se estabelece é entre o governo e uma ampla frente em defesa da vida
A operação foi feita em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF) e a Receita Federal, em investigação sobre um suposto esquema de lavagem de dinheiro. A busca foi autorizada pela Justiça Federal e é a terceira ação policial em duas semanas em endereços relacionados a Francisco Maximiano. Apesar da empresa de Francisco Maximiano ser alvo da CPI, a ação da Polícia Federal, hoje, é relacionada à Operação Descarte, iniciada em 2018 em São Paulo, que apura a suspeita de lavagem de dinheiro com a movimentação que foi de R$ 3 milhões a R$ 4 milhões, entre os anos de 2014 e 2016.

Na mira

Francisco Maximiano é dono da Global e também da Precisa Medicamentos, que está sob apuração na comissão do Senado sob a suspeita de irregularidades na negociação para compra da vacina indiana Covaxin pelo governo Jair Bolsonaro. No último dia 17, a PF fez uma operação também de busca e apreensão de documentos em endereços da Precisa, em Itapevi e Barueri, cidades da Grande São Paulo. O objetivo era obter documentos principalmente relativos à negociação da Covaxin, que supostamente a empresa ocultava. No último dia 21, a Global foi o alvo da vez, mas da operação intitulada Pés de Barro, que apura supostas fraudes na venda de medicamentos de alto custo que a empresa fez ao Ministério da Saúde entre 2016 e 2018, na gestão de Ricardo Barros (PP-PR), atual líder do governo Bolsonaro na Câmara dos Deputados. O empresário Francisco Maximiano, quando foi à CPI da Covid em agosto, se recusou responder as perguntas dos senadores. Antes de iniciar o depoimento, o dono da Precisa Medicamentos informou que se silenciaria sobre questões que possam incriminá-lo.
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