Ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim tomou café com empresários no Hotel Hilton, esta manhã. Em seguida, encontrou o chanceler Olu Adeniji, no Ministério de Negócios Estrangeiros, e de lá seguiu para o Palácio Presidencial onde foi recebido pelo presidente Chief Olosegun Obasanjo. No almoço, oferecido pelo chanceler Adeniji, no Hotel Sheraton, concluiu esta etapa da viagem e seguiu, no fim da tarde, para Laundê (República de Camarões).
A comitiva brasileira que conclui nesta terça-feira a visita a cinco países africanos chegou no início da noite desse domingo ao seu quarto destino, a Nigéria. País mais populoso do continente, a Nigéria é o sexto maior produtor de petróleo e grande exportador desse recurso natural, inclusive para o Brasil, que só em 2004 teve déficit comercial da ordem de US$ 1,8 bilhão com o país.
A Nigéria é também a região que nos legou a herança cultural de uma das mais conhecidas religiões afro-brasileiras, o candomblé nagô, ou iorubá – grupo étnico cuja língua tem traços preservados até hoje nos terreiros de estados como Bahia e Rio de Janeiro. Além disso, juntamente com o vizinho Benin, o país abriga as comunidades de brasileiros formadas por descendentes de ex-escravos levados para o Brasil e “retornados” à África durante o século XIX.
Na Nigéria, essas comunidades, que mantêm até hoje culturas como festas típicas, a religião católica e elementos da língua portuguesa para se distinguir como “brasileiros”, estão concentradas na cidade de Lagos. O Itamaraty não espera incluir na agenda de amanhã um encontro com os “compatriotas”. Os eventos previstos para esta segunda estão concentrados em questões comerciais, como encontros com os ministros da Indústria, Alhaji Magaji Mohammed, e dos Negócios Estrangeiros, Olu Adeniji. Haverá ainda uma visita de cortesia ao presidente do país, Chief Olosegun Obasanjo.
Na cooperação internacional, foram assinados acordos na área de agricultura, nos moldes daqueles a serem assinados no último país do roteiro, Camerum, ou Camarões.