Analistas de mercado veem queda no PIB deste ano menor do que FMI

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Publicado Segunda, 27 de Julho de 2020 às 12:26, por: CdB

Os especialistas consultados no levantamento mensal também ajustaram seu cenário para a inflação. A projeção para 2020 está abaixo do piso da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 4% em 2020, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,5% e o superior, 5,5%. Para 2021, a meta é 3,75%, para 2022, 3,50%, e para 2023, 3,25%, com intervalo de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, em cada ano.

Por Redação - de Brasília 
Na contramão do que preveem as principais agências mundiais de risco e o próprio Fundo Monetário Internacional (FMI), analistas de mercado passaram a ver contração de 5,77% da economia brasileira neste ano, na quarta semana seguida em que os economistas melhoraram a previsão, de acordo com a pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira. A última projeção do FMI para o PIB brasileiro é de uma queda na casa dos 10%.
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Na pesquisa Focus, do Banco Central, o cálculo sobre o PIB movimenta dezenas de economistas, em todo o país
Na semana anterior, a projeção era de que o Produto Interno Bruto (PIB) sofreria em 2020 recuo de 5,95%. Para 2021 permanece a expectativa de um crescimento econômico de 3,50%. Os especialistas consultados no levantamento mensal também ajustaram seu cenário para a inflação. A projeção para 2020 está abaixo do piso da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 4% em 2020, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,5% e o superior, 5,5%. Para 2021, a meta é 3,75%, para 2022, 3,50%, e para 2023, 3,25%, com intervalo de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, em cada ano.

Indicadores

Por sua vez, o Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, fez ajustes no seu cenário, vendo a Selic a 1,88% em 2020 e a 2,25% em 2021, respectivamente de 2,0% e 2,38% na semana anterior. As instituições financeiras consultadas pelo BC também ajustaram a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 1,72% para 1,67%, neste ano. Para 2021, a estimativa de inflação permanece em 3%, há seis semanas consecutivas. A previsão para 2022 e 2023 também não teve alteração: 3,50% e 3,25%, respectivamente.

Selic

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, estabelecida atualmente em 2,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Para o mercado financeiro, a expectativa é que a Selic encerre 2020 em 2% ao ano. Para o fim de 2021, a expectativa é que a taxa básica chegue a 3% ao ano. Para o fim de 2022, a previsão é 5% ao ano e para o final de 2023, 6% ao ano. Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

Dólar

Entretanto, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. A previsão para a cotação do dólar permanece em R$ 5,20, ao final deste ano. Para o fim de 2021, a expectativa é que a moeda americana fique em R$ 5.
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