Angola suspende atividades da Record no país

Arquivado em:
Publicado Terça, 20 de Abril de 2021 às 11:13, por: CdB

Ministério das Telecomunicações afirma que emissora não cumpre requisitos legais para operar no país. Direção da empresa se declara surpresa e afirma que vai buscar explicações. Universal vivencia disputa interna.

Por Redação, com DW - de O governo de Angola vai suspender, a partir desta quarta-feira, as atividades da Rede Record, bem como de outros jornais, revistas, sites e rádios, devido a "inconformidades legais".
recordangola.jpg
Sede da Igreja Universal em Luanda
O anúncio foi feito pelo secretário de Estado para a Comunicação Social, Nuno Carnaval, na noite desta segunda-feira na televisão pública angolana TPA. O Ministério das Telecomunicações comunicou que a medida foi adotada devido a inconformidades em relação aos requisitos legais para o exercício da atividade jornalística em Angola. O comunicado do ministério afirma que a empresa Rede Record de Televisão, que responde pela TV Record África, tem como diretor-executivo uma pessoa que não é angolana e acrescenta que os jornalistas estrangeiros da Record não estão credenciados. Segundo Carnaval, "infelizmente, as direções destas empresas não cuidaram de corrigir o problema ao longo do tempo que vêm operando no mercado angolano". "Por outro lado, estas empresas, enquanto não procederem a correção em conformidade com os requisitos legais, estarão suspensas do exercício da sua atividade", disse. – Apelamos que tratem de regularizar a sua situação enquanto empresas de canais de televisão para que possam voltar a manter o contato com a audiência.

Record TV África

A Record TV África manifestou-se surpreendida com a suspensão das suas atividades e afirmou que "sempre se pautou pela legalidade nos mais de 15 anos presentes em Angola e em todo continente africano" e que pretende buscar esclarecimentos com o ministério. A Rede Record pertence a Edir Macedo, fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, a qual passa por uma disputa interna entre seus líderes brasileiros e angolanos. A emissora veiculou várias reportagens críticas ao governo, afirmando que os religiosos brasileiros são alvo de xenofobia em Angola.
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo