Animador da Pixar: 'Saber desenhar vale mais do que a informática'

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Publicado Quinta, 17 de Julho de 2003 às 16:22, por: CdB

O domínio do computador é importante mas não fundamental para triunfar, disse na quinta-feira Doug Sweetland, animador do estúdio norte-americano Pixar, que está no Rio de Janeiro participando do Festival Anima Mundi.

Sweetland é o supervisor de animação do estúdio, que ganhou um Oscar de melhor curta animado e criou trabalhos como Vida de Inseto, Monstros S.A., Toy Story e o novo Procurando Nemo.

- Durante toda a minha infância, minha mãe me atormentou dizendo que os computadores eram o futuro, que eu devia aprender a usá-los, e eu nunca contestava dizendo que o importante era desenhar - contou Sweetland em entrevista à imprensa.

Criado na zona rural com poucas crianças para brincar à sua volta, Sweetland cresceu desenhando e assistindo desenhos pela televisão. O artista recortava tiras de histórias em quadrinhos dos jornais e colava em cadernos para criar movimento.

- Era uma obsessão um pouco louca - confessou. Mas seu autodidatismo lhe valeu uma vaga no Instituto de Artes de Chicago. Ali, prosseguiu por anos sem tocar no computador, apenas aprendendo técnicas de desenho. Em 1994, aos 19 anos, foi contratado pela Pixar para desenhar.

A empresa não queria gênios da informática, mas desenhistas que tivessem um estilo diferente do da Disney, disse ele. O animador ajudou a criar sucessos como Toy Story e Toy Story 2 e outras animações que se tornaram clássicos.

Sweetland acredita que o bom animador "sabe desenhar e têm idéias", mas admite que entrar hoje na Pixar sem saber nada de computadores é difícil.

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