O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, afirmou que não pensa em renunciar, em uma entrevista ao jornal <i>Financial Times</i>.
– Penso que renunciar é, comparativamente, fácil. É muito mais difícil ficar, continuar fazendo o trabalho para o qual fui eleito e concentrar-se no importante programa da organização. – respondeu Annan ao ser perguntado se pensava em entregar o cargo.
Annan está sob forte pressão da imprensa e do governo dos Estados Unidos por causa da supervisão da Organização das Nações Unidas sobre as vendas de petróleo iraquiano durante o regime de Saddam Hussein, em particular a respeito da denúncia de pagamentos a seu filho Kojo.
O programa “petróleo por alimentos”, que esteve em vigor de dezembro de 1996 a novembro de 2003, tinha a meta de aliviar o sofrimento da população iraquiana ante o embargo imposto contra o governo de Saddam Hussein.
Porém, o regime perverteu o programa e conseguiu desviar milhões de dólares.
Os ataques contra Annan se tornaram ainda mais fortes depois da revelação de que seu filho recebeu pagamentos até fevereiro de 2004 por parte de uma empresa suíça que participou do programa, apesar de ter se desligado da companhia em 1998.
Annan diz que não pensa em deixar a ONU
Arquivado em: Arquivo CDB
Publicado segunda-feira, 6 de dezembro de 2004 as 06:49, por: CdB