E o ano (apenas) começou, no Brasil...

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Publicado Sexta, 05 de Janeiro de 2018 às 10:31, por: CdB

Um belicismo que mata pobres na Colômbia, no México e no Brasil! Uma violência contra as mulheres que cresce no México e no Brasil, que nos faz marchar pela vida.

 
Por Maria Fernanda Arruda - do Rio de Janeiro

 

A semana das festas foi de reflexões familiares, ou, apenas amigas, ou, ainda, companheiras!

Deveria ter sido, a semana dos reencontros, entre desencontros anuais, evitando aquele presente constrangedor, para quem precisa de um simples abraço ou beijo, sem cadeia nacional para explicitar a mentira, repetida rotineiramente, às custas de uma grade publicitária bilionária!

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Maria Fernanda Arruda é colunista do Correio do Brasil, sempre às sextas-feiras

Deveria ter sido, uma semana de balanços e perspectivas, com cenários potencializados e desenhados para o país, o continente, o mundo, afinal não faltam loucos em governos espalhados pelo planeta!

Entre a quadrilha portuária do Temer, os fundos podres subvencionados do Macri, a esperança conservadora do Sebastián Piñera, o indulto do Fujimori, a reincidente fraude hondurenha, a lógica traficante da CIA na Guatemala, a insistente arquitetura do golpe na Venezuela; a questão síria, libanesa, coreana, ucraniana, catalã; vamos sobrevivendo aos ataques sincronizados, silenciosos, imperceptíveis, dos novos terroristas envelhecidos, enquanto uma China nos faz encarar o desafio de um olhar menos eurocentrista, mais multipolar, menos excludente, certamente menos belicista, desesperadamente belicista!

Um belicismo que mata pobres na Colômbia, no México e no Brasil! Uma violência contra as mulheres que cresce no México e no Brasil, que nos faz marchar pela vida, pela simples vida das mulheres, entre hediondas legislações retrógradas!

Conjuntura

Deveria ter sido dedicada à reflexão sobre o Brasil; o continente e o mundo que queremos!
Em cada passo imaginado para 2018 estarão os desejos desejados, realmente desejados, que deverão surpreender principalmente os salvadores, ou, projetos de salvadores de pátrias “existentes”, apenas para a criativa grade publicitária dos impopulares de um Nizan Guanaes!

É o difícil exercício de uma análise de conjuntura, entre atores herdados de um Império presente no desenho do Estado. Entre inimigos da democracia, adversários de direitos; entre gestores dos ciclos totalitários, oportunistas de máscaras novas mascaradas; entre inocentes úteis formados na desinformação; entre medianos na arte da intermediação consultiva; entre financiadores e “doadores”; entre campanhas misturadas por recursos sem cursos; se considerada a abrangência do olhar para justificar a trilha escolhida, por vezes escondida; encoberta, escura, de um acordo, mais um acordo “por cima”.

Sem subestimar os atores externos, diluídos na financeirização mortífera de nações reduzidas ao pó democrático; depositado em uma urna, sem valor conceitual.

Sem Lula

Se há um golpe de novo tipo para alguns, de velho tipo para outros; qual é o sentido de 2018?

Uma eleição, com ou sem Lula? Um semipresidencialismo caboclo, com ou sem Lula? Um semiparlamentarismo; com uma criminosa representação desproporcional? Uma suspensão “temporária” do processo eleitoral por conta da extinção da previdência social? Se considerarmos os fatores externos; certamente tudo se complica ainda mais, com as múltiplas bolhas em formatação amplificada; para além dos conflitos regionalizados em áreas de disputas críticas!

Por tudo isto, o Brasil merece pensar em arrumar a casa, com arte; com comida, com dinheiro, com amor. Merece refletir também na fome, na água, na saúde, na educação, na energia; na moradia, no transporte já retirados! Sem esquecer de um golpe; um golpe com todos condimentos de um “boa noite, Cinderela”.

Para revogar todos os atos deste golpe financiado pelo rentismo internacional é necessária que a campanha nacional ganhe centralidade política unitária! Revogados os atos, é necessária a convocação de uma Constituinte Exclusiva com representação proporcional. Um cidadão, um voto!

Golpe

Para iniciarmos a transição será necessário um governo provisório formado por defensores da democracia; da soberania, das nossas riquezas, dos nossos ativos! Neste campo não estão incluídos os saqueadores, os corrompidos e corruptores; os genuínos golpistas de ontem, hoje; daquele ou deste golpe!

Para muito além dos recursos desviados por tantos governos! Para além das sonegações e anistias criminosas, a transição, só dará seu primeiro passo, ao liquidar a dívida ativa inscrita e auditar o pagamento dos serviços e o endividamento trilionário atual!

Sem alguns requisitos estaremos, no meio de um golpe, participando de um jogo de cartas mal marcadas, com um cenário internacional que apenas favorece a pensar no Brazil, sem S…

Lute com Lula, muitos outros e os vizinhos latino-americanos!

Maria Fernanda Arruda é escritora e colunista do Correio do Brasil.

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