A próxima rodada de licitações para áreas de exploração de petróleo da Agência Nacional do Petróleo (ANP), pode ser antecipada para março de 2006. De acordo com Haroldo Lima, diretor-geral da ANP, o aval já foi garantido pelo ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau. Segundo Lima, essa rodada seria voltada apenas para a concessão dos chamados campos marginais, que atualmente estão inativos. Lima diz que a iniciativa manteria a mobilização das 89 empresas que se inscreveram para participar dos leilões dos campos marginais na 7ª rodada, encerrada nesta quarta-feira, no Rio de Janeiro.
A decisão chega embalada pelo sucesso na arrecadação pela venda das 17 áreas oferecidas, que alcançaram a arrecadação de R$ 3.045.804 para a ANP, em sua primeira experiência neste tipo de leilão. Nos três dias de lances, com a venda de 251 blocos em áreas de exploração, sem garantia de descobertas, a receita obtida foi de R$ 1,088 bilhão, com projeção de investimento de mais R$ 1,86 bilhão das futuras concessionárias.
Esta foi a primeira vez em que a ANP ofereceu áreas com descobertas de petróleo já comprovadas, o que resultou em 91 empresas habilitadas, das quais 54 fizeram ofertas, com preços mínimos variáveis entre R$ 1 mil a R$ 3 mil. A Sétima Rodada contou, na realidade, com a forte presença da Petrobras, que deteve 96 blocos exploratórios, sozinha ou em parcerias, com algumas empresas estreantes no Brasil, como a canadense Brazalta, com 18 blocos de exploração, e a brasileira Geobrás, com nove blocos e um campo. A Shell e a Repsol se concentraram em áreas com possibilidade de descobertas de gás.
– Foram arrematados 20% dos blocos oferecidos, em comparação à média mundial de 10% a 12%. Dada a demanda pelas áreas marginais, vamos realizar outra rodada, só com estes campos – comentou Haroldo Lima.