Apesar dos protestos internacionais, Israel mantém ataque pesado a Rafah

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Publicado sábado, 1 de junho de 2024 as 13:58, por: CdB

O Exército israelense, cujos tanques entraram no centro de Rafah nos últimos dias, prosseguia na ofensiva à cidade fronteiriça com o Egito, lançada em 7 de maio para destruir os últimos batalhões do Hamas, nesta manhã.

Por Redação, com agências internacionais – de Gaza

Apesar dos protestos internacionais e de uma ordem direta da Corte Internacional de Justiça determinar o fim dos bombardeios à cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, intensos ataques aéreos e fogo de artilharia atingiram os palestinos neste sábado, um dia depois da divulgação de proposta isralense para um cessar-fogo com o Hamas.

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Cenário de destruição em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, fica ainda mais triste

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, advertiu que as condições para um cessar-fogo permanente não mudaram e incluem a destruição do movimento islâmico, que está no poder em Gaza desde 2007. Outra condição é a libertação de todos os reféns detidos no território palestino desde o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, que deixou cerca de 1.200 mortos e desencadeou a guerra.

O Exército israelense, cujos tanques entraram no centro de Rafah nos últimos dias, prosseguia na ofensiva à cidade fronteiriça com o Egito, lançada em 7 de maio para destruir os últimos batalhões do Hamas, nesta manhã.

Mortos

Ao longo das últimas 24 horas, a guerra fez pelo menos 95 mortos em todo o território, segundo o Ministério da Saúde do governo de Gaza liderado pelo Hamas, que elevou o total de mortos para 36.379. Em Rafah, as operações estão particularmente concentradas na parte ocidental da cidade, no bairro de Tal al-Sultan, onde os moradores relataram bombardeios, fogo de tanques e movimento de veículos militares, segundo a agência francesa de notícias AFP.

— Durante toda a noite e pela manhã, os bombardeios aéreos e de artilharia não pararam um momento nos setores ocidentais de Rafah, impedindo qualquer movimento de civis — disse um morador, na condição de anonimato. Ele acrescentou que os francoatiradores israelenses tinham se posicionado “em edifícios com vista para todo o bairro de Tal al-Sultan, tornando a situação muito perigosa”.

Testemunhas também relataram intenso fogo de artilharia no leste e centro de Rafah. No centro da Faixa de Gaza, o campo palestino de Nuseirat foi atingido por ataques aéreos. No norte, os tiros de artilharia atingiram o bairro de Zeytun na cidade de Gaza, segundo a AFP.

Refugiados

Desde o início da ofensiva em Rafah, 1 milhão de pessoas fugiram para a zona costeira superlotada de al-Mawasi, designada por Israel como “zona humanitária” para acolher os deslocados.

— É tempo de esta guerra acabar. Não podemos deixar passar essa oportunidade — afirmou na véspera o presidente norte-americano, Joe Biden, apelando ao Hamas para que aceite o plano israelense que lhe foi apresentado pelo Catar.

A primeira fase do plano anunciado por Biden seria um cessar-fogo com a retirada, por seis semanas, das tropas israelenses das “áreas povoadas de Gaza”.

Reféns

O fim dos combates seria acompanhado pela libertação de reféns israelenses sequestrados em 7 de outubro em Israel, especialmente mulheres e doentes, e pela libertação de prisioneiros palestinos detidos por Israel. Das 252 pessoas tomadas como reféns, 121 continuam detidas em Gaza, 37 das quais estão mortas, segundo o Exército israelense.

O cessar-fogo temporário poderá tornar-se permanente se o Hamas “respeitar os seus compromissos”, segundo Biden.

A fase seguinte incluiria a libertação de todos os reféns ainda detidos.

“O Hamas considera positivo o que foi incluído no discurso do presidente Biden relativamente a um cessar-fogo permanente, à retirada das forças israelenses de Gaza, à reconstrução e à troca de prisioneiros”, reagiu o movimento.

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