Após idas e vindas, Bolsonaro vai mesmo extinguir o Ministério do Trabalho

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Publicado Segunda, 03 de Dezembro de 2018 às 14:16, por: CdB

Ainda segundo o futuro chefe da Casa Civil, ”uma parte vai ficar com o ministro Moro, que é aquela parte da concessão de carta sindical”.

 
Por Redação - de Brasília
  Principal articulador político do presidente eleito, Jair Bolsonaro, o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), indicado para a titularidade da Casa Civil, a partir do ano que vem, confirmou o fim do Ministério do Trabalho. A pasta será extinta e suas atribuições passarão aos ministérios da Economia, Justiça e Cidadania.
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Indicado à Casa Civil, Onyx Lorenzoni adiantou que o Ministério do Trabalho será extinto
— Na verdade, o atual ministério do Trabalho como é conhecido ficará uma parte no ministério do doutor Sérgio Moro (Justiça), outra parte com Osmar Terra (Cidadania) e outra parte com o Paulo Guedes, lá no ministério da Economia, para poder tanto a parte do trabalhador e do empresário dentro do mesmo organograma — disse Lorenzoni, nesta segunda-feira. Ainda segundo o futuro chefe da Casa Civil, ”uma parte vai ficar com o ministro Moro, que é aquela parte da concessão de carta sindical, a face mais visível e que a imprensa brasileira registrou por inúmeras vezes os problemas que ocorriam naquela pasta, de desvios, problemas graves de corrupção”. — Então, aquele departamento ou secretaria do ministério do Trabalho que cuida disso vai lá pro doutor Moro — acrescentou.

Mais ministérios

A extinção do Ministério do Trabalho consolida, portanto, o caráter duvidoso das decisões tomadas por Bolsonaro na formação do governo. Ele chegou a afirmar, logo após as eleições, pressionado pela sociedade diante da decisão de extinguir a pasta criada ainda no governo do presidente Getúlio Vargas, que o ministério seria mantido. — O Ministério do Trabalho vai continuar com status de ministério, não vai ser secretaria. Vai ser Ministério ‘Disso, Disso e do Trabalho’, como o Ministério da Indústria e Comércio — disse. Em entrevista a uma rádio gaúcha, Lorenzoni disse "achar" que a tarefa de fiscalizar a incidência do trabalho análogo à escravidão será destinada ao Ministério da Justiça.

Novas pastas

Embora tenha dito, na campanha eleitoral, que haveria apenas 15 ministérios, Lorenzoni já admite que haverá 22. Haveria dois “eventuais’, que poderão ser extintos a qualquer momento. Um deste ministérios temporários seria o do Banco Central, que perderia o status com a aprovação do projeto de automia da instituição. O outro seria a Advocacia-Geral da União (AGU), que perderia o status ministerial por meio de uma mudança constitucional que ainda deverá ser apresentada.
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