Após novo tiroteio, exército mantém ocupação na Rocinha

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Publicado Sábado, 23 de Setembro de 2017 às 15:30, por: CdB

O Comando Militar do Leste informou que durante a madrugada cinco criminosos foram presos ao tentarem romper o cerco na Rocinha.

 

Por Redação - do Rio de Janeiro

 

Um novo tiroteio foi registrado neste sábado na comunidade da Rocinha. A favela está ocupada por tempo indeterminado por tropas policiais e militares desde a sexta-feira. A tensão no local permaneceu inalterada, ao longo do dia.

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Militares seguem na ocupação da Rocinha, uma das maiores favelas da América Latina

O confronto assustou moradores da comunidade e do bairro de São Conrado, localizado numa parte nobre da cidade.

— O tiroteio foi muito intenso. Ninguém dormiu tranqüilo — disse jornalistas da agência inglesa Reuters uma moradora da região.

Por conta do enfrentamento armado, uma autoestrada e um túnel próximos à Rocinha precisaram ser fechados pelas forças de segurança.

O Comando Militar do Leste informou que durante a madrugada cinco criminosos foram presos ao tentarem romper o cerco na Rocinha. Com eles, foram apreendidos um fuzil, armas, munições, rádios transmissores, carregadores, drogas, dinheiro e anotações do tráfico.

Rogério 157

“Os suspeitos e material apreendido foram entregues à 11ª Delegacia de Polícia, na Rocinha”, informou o CML, em nota.

As forças de segurança acreditam estarem perto do esconderijo do grupo do bandido conhecido como Rogério 157. Ele estaria no início da “guerra” na Rocinha no último fim de semana pelo controle dos pontos de vendas de drogas.

— A quadrilha dele está acuada e isolada. Temos informações que alguns já falam em se entregar — disse o delegado Antônio Ricardo.

Na madrugada, também houve tiroteio entre policiais e traficantes no morro Dona Marta, em Botafogo, na Zona Sul da cidade. Ao todo, 10 fuzis foram apreendidos na Favela do Caju, região portuária. O armamento, segundo a polícia, tinha como destino a Rocinha. Um traficante foi preso.

Rock in Rio

O clima entre cariocas é de medo e apreensão e muita gente evita sair de casa. O trânsito na cidade está atípico e sem congestionamentos.

— Não se deve circular. No momento de disparos, se busque abrigo. Mas não havendo confronto, circule e leve a vida ao normal porque a polícia está na Rocinha junto com as Forças Armadas — disse o secretário de Segurança do Estado, Roberto Sá.

Os confrontos ocorrem num momento em que a cidade recebe o festival Rock in Rio. O evento atrai muitos turistas e conta com a presença de diversas bandas do Brasil e do exterior.

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