Ministro árabe prevê novos cortes na produção de petróleo

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Publicado Sábado, 03 de Junho de 2017 às 13:50, por: CdB

A Opep e outros países liderados pela Rússia concordaram na semana passada em estender o compromisso de limitar a produção de petróleo


Por Redação, com Reuters - de Viena


Ministro de Energia da Arábia Saudita, Khalid al-Falih afirmou, neste sábado, que podem ser necessários novos cortes na produção de petróleo. Acrescentou, porém, que a OPEP e outros grandes produtores irão analisar a situação do mercado em julho.

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O ministro Khalid al-Falih, da Arábia Saudita, acredita ser necessário cortar ainda mais a produção mundial de petróleo

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e outros países liderados pela Rússia concordaram na semana passada em estender o compromisso de limitar a produção de petróleo. O novo prazo é de mais nove meses, até março de 2018.

Um comitê estabelecido para monitorar os cortes deve se reunir em julho, na Rússia. Falih, que visitou Moscou esta semana, afirmou que no próximo mês o comitê poderá julgar se os cortes foram efetivos em segurar os preços internacionais do petróleo, que caíram pela metade nos últimos três anos.

— Temos que analisar o mercado e em julho poderemos ver que essas ações tiveram um grande impacto. Se por acaso concluirmos que é preciso fazer mais, faremos, inclusive com novos cortes na produção — disse Falih, segundo a agência russa de notícias Tass.

Corrupção

Ainda no setor de energia, promotores de Portugal informaram, na noite passada, que o presidente-executivo da Energias de Portugal (EDP), Antonio Mexia, é suspeito em uma investigação por corrupção. A polícia realizou buscas nos escritórios da companhia, da operadora do sistema elétrico REN e da divisão local do Boston Consulting Group.

O promotor disse em comunicado que a investigação envolvia centenas de milhões de euros. A propina era paga em compensação para o ex-monopólio da EDP. A propina teria sigo paga em troca de contratos de compra de energia de longo prazo. Faria parte parte da liberação do setor energético iniciada em 2004.

Porta-voz da promotoria disse que Mexia, que desde 2006 gerencia a maior companhia de Portugal, era um dos suspeitos. João Manso Neto, que lidera a divisão de energias renováveis da EDP, também é investigado.

Dois diretores da REN também fazem parte das investigações.

A EDP disse em comunicado que investigadores que fizeram buscas nos escritórios tiveram "acesso irrestrito a toda informação". Disseram, ainda, contar com "toda colaboração para esclarecer os fatos". Segundo a empresa, os suspeitos identificados eram representantes que EDP. Os mesmos que assinaram contratos de compra de energia à época.

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