A área da empresa Araupel, que motivou a determinação de intervenção no Paraná pelo Superior Tribunal de Justiça, continua ocupada por cerca de 400 famílias de sem-terra. A ocupação inicial, segundo os autos do processo analisado pelo STJ, tinha apenas 20 famílias, em 1999.
– Tivemos incontáveis reuniões com o governo do Estado, o Incra e políticos, mas nada foi resolvido – disse o gerente de Recursos Humanos da Araupel, Alberto Pius, empresa proprietária da área. Na época da invasão, o governo era administrado por Jaime Lerner (PFL).
Pius disse que a empresa estava preparando a terra para o plantio de soja e milho, quando os sem-terra decidiram ocupá-la. Segundo ele, há dificuldades de chegar ao local onde os sem-terra montaram acampamento, mas pelo que se pode observar, eles têm produção “incipiente”.
– Ainda não medimos o verdadeiro prejuízo – disse. A empresa tem uma ação de indenização sendo analisada na 2ª Vara da Fazenda Pública, em Curitiba. O governo do Estado aguarda a publicação do acórdão.