Assange apela da ordem de extradição assinada pelo governo britânico

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Publicado Domingo, 19 de Junho de 2022 às 10:14, por: CdB

Na sequência desta decisão, o fundador do WikiLeaks apresentará recurso no Supremo Tribunal de Londres, que deve conceder autorização para prosseguir ou levar o caso ao Supremo Tribunal do Reino Unido. No entanto, se o pedido for rejeitado, Assange será extraditado para os EUA no prazo de 28 dias, a contar da publicação da sentença.

Por Redação, com agências internacionais - de Londres
Os advogados do jornalista Julian Assange liberaram, neste domingo, uma nota pública na qual confirmam que o cliente apelará às Cortes superiores de Justiça britânicas para que seja anulada a ordem de extradição para os EUA. Na sexta-feira, a ministra do Interior britânica, Priti Patel, assinou a extradição do fundador do WikiLeaks, o qual enfrenta nos EUA 18 acusações que podem resultar em uma sentença máxima de 175 anos de reclusão.
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Stella Moris, companheira de Assange e mãe de dois filhos seus, apoia a campanha contra a extradição o jornalista
Na sequência desta decisão, o fundador do WikiLeaks apresentará recurso no Supremo Tribunal de Londres, que deve conceder autorização para prosseguir ou levar o caso ao Supremo Tribunal do Reino Unido. No entanto, se o pedido for rejeitado, Assange será extraditado para os EUA no prazo de 28 dias, a contar da publicação da sentença. — A decisão do Ministério do Interior do Reino Unido de aprovar a extradição do jornalista Julian Assange é profundamente devastadora. O mundo ocidental está enviando uma mensagem a todos os jornalistas e editores de que, se publicarem informações de interesse público que envergonhem o império dos EUA e exponham seus crimes, podem ser presos em uma instituição de segurança máxima — lamentou Taylor Hudak, jornalista e editora da mídia independente AcTVism Munich.

Plano da CIA

O Ministério do Interior acrescentou que os tribunais britânicos "não consideram que seria opressivo, injusto ou um abuso processual extraditar o Sr. Assange”. — É terrível que a ministra do Interior aprove a extradição de um jornalista e editor premiado, Julian Assange, para o país que planejou assassiná-lo. Só por este fato, é inconcebível que o sr. Assange seja tratado de forma justa nos EUA. É claro que a sua vida estará em grande perigo — afirmou Hudak referindo-se a revelação da Yahoo News em 2021 de um suposto plano da CIA de sequestrar ou matar Assange em 2017. Hudak observa que, se for extraditado para os EUA, é improvável que Assange tenha um julgamento justo. Ela destaca que nem a imprensa nem o público teriam acesso para acompanhar e analisar o processo judicial.
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