Um atentado fracassado contra Samir Chehade, um destacado coronel libanês que circulava por uma estrada no sul do Líbano, matou, nesta terça-feira, quatro pessoas e feriu outras quatro, informaram fontes policiais.
Os mortos são quatro guarda-costas do coronel. O oficial conseguiu escapar porque a bomba não explodiu junto a seu veículo. Entre os feridos há, pelo menos, um engenheiro civil que trabalhava na área.
Embora haja contradições sobre o estado de saúde do coronel, o chefe da Polícia, Antoine Chajur, afirmou que Chehade está levemente ferido.
O ministro do Interior, Ahmed Fatfat, disse que o carro de Chehade estava a cerca de 50 metros do local da explosão e que a bomba estava cheia de pregos para causar o maior número possível de vítimas.
Um dos carros de sua segurança foi totalmente atingido pela explosão e jogado contra uma rocha, contra a qual explodiu, segundo a emissora “A Voz do Líbano Livre”. A explosão ocorreu em Rmeil, uma localidade entre Beirute e Sidon.
Chehade se tinha distinguido ultimamente por dois assuntos altamente sensíveis: teve um importante papel no posicionamento do Exército no sul – exigido pela resolução 1701 do Conselho de Segurança – e colaborou com o promotor alemão Detlev Mehlis nas investigações sobre o assassinato do ex-primeiro-ministro Rafik Hariri.
Além disso, Chehade propiciou a detenção de quatro generais libaneses supostamente envolvidos na execução de Hariri.
O ministro do Interior, Ahmed Fatfat, confirmou que se tratou de um atentado em declarações à rede de televisão “LBC”.
O ministro não descartou que o atentado seja uma mensagem contra o posicionamento do Exército no sul do país – zona antes controlada pelo movimento xiita Hezbollah.
– Não acuso ninguém, só digo o que acontece. Existem muitas teorias, mas todas têm que ser examinadas – ressaltou.
Segundo Fatfat, a situação no país ainda é muito frágil e por isso é preciso intensificar as medidas de segurança.