Em sequência à série de atentados fatais na capital, Ancara, uma zona de comércio e consulados na metrópole turca, muito frequentada por turistas, é alvo de terrorismo
Por Redação, com DW – de Istambul:
Pelo menos cinco pessoas morreram e 36 ficaram feridas num atentado a bomba em Istambul, na manhã deste sábado. O local foi a rua Istiklal, uma movimentada zona de pedestres no centro da metrópole turca, próximo à praça Taksim. Entre os mortos encontra-se o autor da detonação.
Imagens registradas por uma câmera de vigilância mostram que a explosão ocorreu pouco antes das 11h00, hora local (06h00 em Brasília), em meio a um grupo grande de transeuntes, em frente a uma repartição da prefeitura local, nas cercanias de um mercado de peixe muito frequentado.
Segundo o ministro da Saúde Mehmet Muezzinoglu, entre os feridos, sete dos quais, em estado grave, há 12 estrangeiros e também crianças. A mídia de Israel registra três israelenses entre as vítimas.
Istambul é a maior cidade e importante polo econômico da Turquia, e a Istiklal é uma zona de comércio apreciada pelos turistas, com numerosas lojas, restaurantes e cafés, assim como prédios de consulados. O Ministério alemão do Exterior alertou seus cidadãos na Turquia para permanecerem nos hotéis e prestarem atenção ao noticiário e a declarações oficiais relacionadas à segurança.
O atentado em Istambul ocorreu um dia após o fechamento do acordo entre o governo turco e a União Europeia para frear o fluxo de refugiados vindos do Oriente Médio. A época é de grande tensão no país, tanto devido a seu envolvimento na guerra civil na Síria, quanto à perseguição oficial aos seguidores do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), declarado ilegal.
Em 13 de março a detonação de um carro-bomba matou 37 pessoas em Ancara; em 17 de fevereiro um ataque semelhante fizera 29 vítimas. Ambos os atos foram reivindicados pelo grupo Falcões da Liberdade do Curdistão (FAK), uma facção dissidente do PKK. O maior atentado terrorista na capital, porém, ocorrido em outubro de 2015 e que resultou em 102 mortes, foi da autoria do grupo jihadista “Estado Islâmico” (EI).