A investigação em torno das circustâncias da morte do zagueiro Serginho, do São Caetano, em pleno campo no último dia 27 de outubro, continua tendo desdobramentos. Tudo será concluído em 10 dias e há uma grande possibilidade de o presidente do clube, Nairo Ferreira de Souza, e do médico, Paulo Forte, serem indiciados pela justiça por homicídio culposo ou doloso.
Um laudo assinado pelo médico Edimar Alcides Bocchi, do Incor, após exames realizados em fevereiro que atestava que o atleta precisaria de sorte para não morrer caso continuasse exercendo sua profissão.
O jornal Diário de São Paulo teve acesso ao documento que dizia que “caso continue exercendo atividades esportivas, Sérgio precisará contar com a sorte para não incorrer em óbito – apontava trecho do documento.
A polícia já ouviu mais de 50 pessoas e garante estar próxima de uma conclusão. Caso Paulo Forte e Nairo Ferreira sejam indiciados por homicídio doloso, a pena varia entre 6 e 20 anos de prisão. No caso de homicídio culposo, a pena gira entre um e três anos.
O médico Edimar Alcides Bocchi preferiu não fazer comentários sobre o laudo que assinou, sob a prerrogativa do artigo 142 do Código Penal, que proíbe o profissional de tornar públicas informações sobre a condição do paciente. Ainda assim, o jornal apurou que o parecer expedido pelo Incor chegou às mãos do médico do São Caetano, Paulo Forte, e de toda a diretoria da equipe do ABC paulista.
Na próxima semana, Bocchi deverá a ser intimado a depor. Além dele, outros médicos do Incor serão ouvidos. Os investigadores aguardam também a conclusão do laudo do Instituto Médico Legal (IML).
O médico do São Caetano, Paulo Forte, será investigado também pelo Conselho Regional de Medicina (CRM). Ele pode ter o registro da profissão cassado, caso seja constatado sua culpa. Esse processo do CRM, em geral, duram alguns anos.
O São Caetano alega que em momento algum teve acesso ao laudo produzido pelo Incor sobre a doença cardíaca do zagueiro Serginho.