Phylicia Rashad se tornou a primeira afro-americana a ganhar o Tony de melhor atriz, e, de modo geral, atrizes negras foram a presença dominante no domingo, na 58a cerimônia de entrega dos prêmios de excelência no teatro da Broadway.
“Assassins”, de Stephen Sondheim, foi a peça de teatro mais premiada da noite, levando para casa cinco Tony.
O irreverente musical “Avenue Q”, que mistura fantoches com atores humanos, foi uma das maiores surpresas dos últimos anos no Tony, ao receber o prêmio de melhor musical, passando à frente do mais indicado “Wicked”.
Phylicia Rashad levou o prêmio pelo papel da matriarca Lena Younger no revival de “A Raisin in the Sun”, de Lorraine Hansberry, e sua colega de elenco Audra McDonald, também afro-americana, recebeu o Tony de melhor atriz coadjuvante.
Rashad talvez seja mais conhecida como a mulher do personagem de Bill Cosby na série “The Cosby Show”, do humorista, que ficou anos no ar.
Anika Noni Rose foi a terceira atriz negra a receber um Tony, em seu caso o de melhor atriz coadjuvante num musical por sua atuação em “Caroline, or Change”, de Tony Kushner.
O Tony de melhor atriz num musical ficou com Idina Menzel pelo papel da bruxa verde em “Wicked”. Este, um dos maiores sucessos da Broadway, recebeu 10 indicações mas apenas três prêmios.
O Tony de melhor ator num musical foi entregue ao australiano Hugh Jackman por “The Boy from Oz”. Jackman, além disso, apresentou o programa de premiação, que teve lugar no Radio City Music Hall.
A peça ganhadora do Prêmio Pulitzer “I Am My Own Wife”, de Doug Wright, sobre o travesti alemão na vida real Charlotte von Mahlsdorf, que sobreviveu ao nazismo e ao comunismo, recebeu o Tony de melhor drama.
Seu astro, Jefferson Mays, que faz mais de 40 papéis, ganhou o Tony de melhor ator num drama.
“Assassins”, sobre nove assassinos e candidatos a assassinos de presidentes norte-americanos, foi considerado o melhor revival de musical e também valeu prêmios a seu diretor, Joe Mantello, e ao ator Michael Cerveris, que faz o papel de John Wilkes Booth, o assassino de Abraham Lincoln.
O Tony de melhor ator coadjuvante numa peça foi dado a Brian F. O’Byrne pelo papel de serial killer de crianças em “Frozen”.
A produção de “Henry IV” feita pelo Lincoln Center recebeu os Tony de melhor diretor (Jack O’Brien) e melhor revival de uma peça.