Aumento da gasolina, diesel e gás de cozinha passa a valer nesta terça-feira

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Publicado Segunda, 08 de Fevereiro de 2021 às 13:00, por: CdB

O gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás de botijão, também terá aumento no preço: cerca de 5% (R$ 0,14 por kg). Com o reajuste do preço, o gás de botijão passará a custar 2,91 por kg (ou R$ 37,79 por 13 kg), o maior preço na série histórica da companhia estatal.

Por Redação - do Rio de Janeiro

A Petrobras anunciou, nesta segunda-feira, um aumento de cerca de 8% no preço da gasolina a ser vendido pelas refinarias para as distribuidoras. Com isso, o preço médio do litro do combustível subiu R$ 0,17 e passará a ser de R$ 2,25 a partir desta terça-feira. Já o óleo diesel aumentou cerca de 6% (R$ 0,13 por litro) e passará a custar R$ 2,24 também nas próximas horas.

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O aumento de GLP praticado pela Petrobras passa a valer para esta terça-feira e é o maior dos últimos anos

O gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás de botijão, também terá aumento no preço: cerca de 5% (R$ 0,14 por kg). Com o reajuste do preço, o gás de botijão passará a custar 2,91 por kg (ou R$ 37,79 por 13 kg), o maior preço na série histórica da companhia estatal.

“Importante ressaltar que os valores praticados nas refinarias pela Petrobras são diferentes dos percebidos pelo consumidor final no varejo. Até chegar ao consumidor, são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis pelas distribuidoras, no caso da gasolina e do diesel, além dos custos e margens das companhias distribuidoras e dos revendedores de combustíveis”, informa nota divulgada pela empresa.

Independência

As críticas de caminhoneiros aos aumentos geraram uma tentativa de reação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que reuniu na sexta-feira a área econômica do governo e o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, para anunciar propostas sobre o tema.

A tentativa, que falhou até agora, no entanto, trouxe de volta dúvidas sobre a independência da Petrobras para definir seus preços, reforçadas após revelação, na tarde daquele dia, que a estatal havia estendido em 2020 o prazo para avaliação da paridade entre os preços internos e as cotações internacionais do petróleo.

“A veiculação de ruídos, como tal, distancia a companhia do sucesso em sua trajetória e torna mais longínqua e improvável a diminuição do desconto pelo qual transaciona [suas ações] perante seus pares globais”, escreveram analistas da Ativa Research, em relatório divulgado há 48 horas.

Alinhamento

A Petrobras nega que a medida seja um sinal de interferência e diz que foi tomada em junho, período em que os preços do petróleo já se recuperavam do tombo recorde do início da pandemia.

"A simples modificação do período da aferição da aderência entre o preço realizado e o preço internacional, promovida há oito meses, não se constitui em rompimento com nosso inarredável compromisso com o alinhamento de nossos preços no Brasil aos preços internacionais e a consequente geração de valor para os acionistas", afirmou a empresa, em nota, na véspera.

Na tentativa de conter as críticas de seus seguidores na internet por causa da alta no preço dos combustíveis, Bolsonaro disse a apoiadores nesta manhã que voltará a reunir a equipe econômica, ao longo do dia, para tentar bater o martelo sobre uma medida para baixar o valor de PIS/Cofins.

Reajuste

Na porta do Palácio da Alvorada, ele disse aos eleitores que não tem ingerência sobre a Petrobras e que não pretende se tornar um ditador para extrapolar os limites que a legislação impõe ao presidente da República. As declarações foram registradas em vídeo divulgado na rede social do chefe do Executivo.

— “Não é novidade para ninguém: está previsto um novo reajuste de combustível para os próximos dias, está previsto. Vai ser uma chiadeira com razão? Vai. Eu tenho influência sobre a Petrobras? Não — disse.

Em nova pressão sobre a Petrobras, disse que a empresa alega a possibilidade do desabastecimento, se não reajustar os preços.

— Importamos parte do óleo diesel. Daí a Petrobras alega: se não aumentar o diesel, não vamos importar mais, que vamos importar álcool para vender mais barato. Então, poderia haver desabastecimento. Daí o cara fala 'você é presidente do quê?' Ô, cara. Vocês votaram em mim e tem um monte de lei aí. Ou cumpre a lei ou vou ser ditador. E para ser ditador vira uma bagunça o negócio e ninguém quer ser ditador e... isso não passa pela cabeça da gente — desconversou.

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