Autópsia de imigrante nigeriano morto na Itália aponta asfixia

Arquivado em:
Publicado Quarta, 03 de Agosto de 2022 às 11:33, por: CdB

O resultado foi divulgado nesta quarta-feira pelo procurador de Macerata, Claudio Rastrelli. Ogorchukwu, 39 anos, foi assassinado na última sexta pelo operário italiano Filippo Ferlazzo, 32, após ter pedido esmola.

Por Redação, com ANSA - de Roma

A autópsia de Alika Ogorchukwu, imigrante nigeriano brutalmente assassinado em Civitanova Marche, no centro da Itália, determinou que o óbito foi provocado por "asfixia violenta com concomitante choque hemorrágico interno".

imigrantenigeria.jpg
Alika Ogorchukwu foi brutalmente assassinado após pedir esmola

O resultado foi divulgado nesta quarta-feira pelo procurador de Macerata, Claudio Rastrelli. Ogorchukwu, 39 anos, foi assassinado na última sexta pelo operário italiano Filippo Ferlazzo, 32, após ter pedido esmola.

De acordo com o inquérito, o agressor espancou Ogorchukwu com uma muleta e com as mãos e depois o sufocou. Um vídeo do crime mostra Ferlazzo imobilizando a vítima no chão, em plena luz do dia e sob os olhares de várias pessoas, sem que nenhuma interviesse para ajudar o nigeriano.

Ferlazzo foi preso sob as acusações de homicídio doloso agravado por motivos fúteis e roubo, já que levou embora o celular de Ogorchukwu. Ele pediu "desculpas" pelo assassinato, alegando que não agiu por razões "raciais" e que sofre de supostos problemas "psiquiátricos".

O crime provocou repúdio unânime entre os partidos italianos, que estão em campanha para as eleições antecipadas de 25 de setembro, nas quais a extrema direita anti-imigração é favorita à vitória.

O ex-premiê Enrico Letta, líder da legenda de centro-esquerda Partido Democrático (PD), anunciou que irá a Civitanova Marche no próximo sábado para o funeral de Ogorchukwu. "O assassinato de Alika foi um momento dramático na vida do país, e nossa comunidade deve responder unida", disse.

No mesmo dia, a cidade deve ter um protesto da comunidade nigeriana contra o racismo na Itália. "Seremos mais de 500 pessoas, chegarão compatriotas de Roma, Turim, Pescara e outros lugares", afirmou Nelson Ogbonna, um dos organizadores da manifestação.

Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo