Auxílio emergencial não reduz o pessimismo dos brasileiros

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Publicado Quarta, 19 de Agosto de 2020 às 12:24, por: CdB

Pesquisa do Instituto DataFolha, divulgada nesta quarta-feira, mostra que uma parcela crescente dos brasileiros está pessimista com situação econômica do país e acredita que o cenário tende a piorar muito.

Por Redação - de Brasília e São Paulo
A Caixa Econômica Federal creditou, nesta quarta-feira, auxílio emergencial para cerca de 5,9 milhões de beneficiários. São 3,9 milhões de pessoas nascidas em outubro que já tinham a programação de receber nesta data. Mais 96 mil são novos beneficiários ou pessoas que tiveram o cadastro reavaliado pelo governo.
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O auxílio emergencial tem ajudado milhões de brasileiros a enfrentar o drama atual da pandemia
Há, ainda, o pagamento para 1,9 milhão de beneficiários do Bolsa Família mas, nem mesmo o auxílio com parcelas de R$ 600 (R$ 1,2 mil para mães solteiras), criado para reduzir os efeitos da crise econômica causada pela pandemia da covid-19 aplacou o pessimismo dos brasileiros. Pesquisa do Instituto DataFolha, divulgada nesta quarta-feira, mostra que uma parcela crescente dos brasileiros está pessimista com situação econômica do país e acredita que o cenário tende a piorar muito, nos próximos meses, com aumento do desemprego, avanço da inflação e perda do poder de compra.

Antes da covid

O pessimismo é recorde desde o início da gestão de Jair Bolsonaro (sem partido). O estudo aponta, ainda, que quatro em cada dez entrevistados (41%) consideram que a situação econômica do país vai piorar nos próximos meses, enquanto 29% avaliam que vai ficar igual. A situação vai melhorar para 29% dos pesquisados. Um por cento não soube opinar. Na edição da pesquisa, em dezembro de 2019, última vez em que foi feito o questionamento e antes da pandemia do coronavírus, o cenário era bem diferente: 43% avaliavam que a situação econômica do país ia mudar para melhor, enquanto 31% imaginavam que ficaria igual. Apenas 24% pensavam que tudo iria ficar ainda pior. Os maiores índices de pessimismo são atingidos entre as mulheres (46%, contra 36% dos homens), jovens de 16 a 24 anos (45%), pessoas com ensino superior (46%) e trabalhadores com renda familiar até dois salários mínimos (42%).

Futuro

A opinião política também afeta a percepção dos entrevistados quanto ao futuro da economia. Com relação à avaliação do governo Bolsonaro, 56% dos que acham o governo ruim ou péssimo esperam também uma piora da atividade econômica, percentual que cai a 29% entre aqueles que avaliam o governo como ótimo ou bom. O Datafolha ouviu 2.065 pessoas por telefone em 11 e 12 de agosto. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
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