Bahia: Lava Jato cumpre mandados de prisão em investigação de corrupção em contrato da Petrobras 

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Publicado Sexta, 23 de Novembro de 2018 às 08:44, por: CdB

De acordo com a PF, a Petros, por meio da parceria com a Petrobras,  “investiu na execução da obra para alugar o prédio à empresa estatal por 30 anos.

Por Redação, com Reuters - de Salvador

A 56ª Fase da Lava Jato, chamada de Operação Sem Fundos, deflagrada nesta sexta-feira pela Polícia Federal (PF), tem como alvo ações criminosas em todo o processo de construção da sede da Petrobras, em Salvador. Segundo a PF, as investigações indicam a ocorrência de superfaturamento nos contratos de gerenciamento da construção, de elaboração de projetos de arquitetura e de engenharia.
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Lava Jato apura desvios na construção da sede da Petrobras, na Bahia
As investigações apontam ainda esse superfaturamento foi direcionado para “viabilizar o pagamento de vantagens indevidas para agentes públicos da Petrobras e dirigentes da Petros, além de terceiros com eles mancomunados. Tudo isso em prejuízo à estatal e ao fundo de pensão investidor, este mantido mediante patrocínio da própria Petrobras e das contribuições de seus empregados”, diz nota da PF. Os policiais federais cumpriram desde as primeiras horas da manhã desta sexta-feirea 68 mandados de busca e apreensão, oito de prisão preventiva e 14 de prisão temporária, em endereços em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia, para reprimir “a prática de crimes de corrupção ativa e passiva, gestão fraudulenta de fundo de pensão, lavagem de dinheiro e organização criminosa”.

Metodologia

De acordo com a PF, a Petros, por meio da parceria com a Petrobras,  “investiu na execução da obra para alugar o prédio à empresa estatal por 30 anos. Ocorre que, com o direcionamento da execução das obras à uma empresa ligada a outras duas grandes empreiteiras já conhecidas da Lava Jato, o valor da execução ficou bem acima do que deveria, assim como o valor de aluguel a ser pago também”. Com isso, o dinheiro recebido a mais era destinado ao pagamento de “propinas, utilizando de artifícios para ocultar e dissimular a origem e destino desses montantes”. Segundo a PF, o nome, Operação Sem Fundos, refere-se à perda do Fundo de Pensão da Petrobras, assim como “ao fato de os crimes investigados parecerem revelar um ‘saco sem fundos”.
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