Banco Central volta queimar reservas para conter a alta do dólar

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Publicado Terça, 11 de Dezembro de 2018 às 15:05, por: CdB

“Tudo indica que a intervenção do BC será capaz de conter a pressão sobre a moeda estrangeira, sinalizando claramente que repetirá o movimento toda vez que fatores externos promoverem a desvalorização artificial da moeda nacional”, escreveu a corretora Correparti em relatório.

 
Por Redação - de São Paulo
  O dólar operava com pequena baixa ante o real nesta terça-feira, em dia de certa recuperação no mercado internacional e com o anúncio de atuação do Banco Central no câmbio, após a moeda subir 2% em cinco pregões e terminar a véspera no maior nível em mais de dois meses.
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O dólar sofreu um ajuste no pregão frente ao real
Às 10h26, o dólar recuava 0,37%, a R$ 3,9043 na venda, depois de fechar a segunda-feira em alta de 0,73%, a R$ 3,9187. O dólar futuro tinha baixa de cerca de 0,3%. “Tudo indica que a intervenção do BC será capaz de conter a pressão sobre a moeda estrangeira, sinalizando claramente que repetirá o movimento toda vez que fatores externos promoverem a desvalorização artificial da moeda nacional”, escreveu a corretora Correparti em relatório. O Banco Central realizará nesta terça-feira leilão de até US$ 1 bilhão em linha para prover liquidez ao mercado cambial. É o quarto leilão de novos contratos feito desde o final de novembro pela autoridade, que ainda rolou mais US$ 1,25 bilhão que venciam no início deste mês. Em novos contratos, foram US$ 4 bilhões até o momento.

Guerra comercial

“A preocupação é que a tensão externa se some ao período onde as empresas direcionam recursos para suas matrizes e a intervenção visa dar liquidez e segurar um pulo mais forte do dólar ante o real na reta final do ano”, escreveu o analista da corretora Mirae Pedro Galdi. As preocupações que içaram a moeda norte-americana na véspera em todo o globo ainda não se dissiparam, entre eles a desaceleração econômica global, guerra comercial entre Estados Unidos e China e o Brexit. Nesta manhã, no entanto, o dólar caía ante a cesta de moedas e exibia baixas tímidas ante as divisas de emergentes, como o peso mexicano. Internamente, os investidores seguiam monitorando o noticiário político local, a poucos dias de ter início o novo governo.

Ações

O Ibovespa, por sua vez, registrava alta expressiva após a sequência de quedas, que ganhou contornos mais dramáticos com a baixa de 2,5% na véspera em meio à tensão comercial, além de temores (dissipados) de uma possível greve dos caminhoneiros e do noticiário sobre o novo governo. Porém, com o exterior mais tranquilo nesta sessão, o benchmark da bolsa salta 1,35% às 10h16 (horário de Brasília), a 87.072 pontos.
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