Banco Mundial: guerra na Ucrânia reduz previsão global de crescimento

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Publicado Segunda, 18 de Abril de 2022 às 13:37, por: CdB

Em teleconferência, Malpass disse a repórteres que o Banco Mundial está respondendo às tensões econômicas adicionais da guerra com a proposta de uma nova meta de financiamento de crise para 15 meses, de 170 bilhões de dólares, com o objetivo de comprometer cerca de 50 bilhões de dólares desse montante nos próximos três meses.

Por Redação, com Reuters - de Londres
O Banco Mundial reduziu sua previsão de crescimento global para 2022 em quase 1 ponto percentual, para 3,2%, de 4,1% anteriormente, devido aos impactos da guerra na Ucrânia, adiantou nesta segunda-feira o presidente da instituição, David Malpass.
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Presidente do Banco Mundial, David Malpass assina relatório que aponta queda no crescimento global
Em teleconferência, Malpass disse a repórteres que o Banco Mundial está respondendo às tensões econômicas adicionais da guerra com a proposta de uma nova meta de financiamento de crise para 15 meses, de 170 bilhões de dólares, com o objetivo de comprometer cerca de 50 bilhões de dólares desse montante nos próximos três meses. Malpass disse que a principal responsável pela redução da previsão de crescimento global do banco foi a estimativa de contração de 4,1% na região da Europa e Ásia Central — que inclui Ucrânia, Rússia e países vizinhos.

Inflação

As previsões também foram cortadas para economias avançadas e em desenvolvimento por causa da disparada nos preços de alimentos e energia provocada por interrupções no abastecimento relacionadas à guerra, disse Malpass. O conflito entre russos e ucranianos também reflete na economia mais avançada do planeta. O Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano) enfrenta uma tarefa difícil ao apertar a política monetária o suficiente para esfriar a inflação sem causar uma recessão nos Estados Unidos, escreveu o economista-chefe da Goldman Sachs, Jan Hatzius, em um relatório divulgado pela agência norte-americana de notícias Bloomberg, nesta segunda-feira. O analista vê as chances de contração econômica em cerca de 35% nos próximos dois anos. De acordo com o relatório, o principal desafio do órgão regulador é diminuir a lacuna no que é uma oferta abundante de empregos, mas escassa oferta de mão de obra. Alcançar a chamada aterrissagem suave pode ser difícil, porque historicamente grandes declínios na lacuna entre empregos e trabalhadores nos Estados Unidos ocorreram apenas durante recessões, disse Hatzius. "Tomados pelo valor nominal, esses padrões históricos sugerem que o Fed enfrenta um caminho difícil para um pouso suave”, resumiu, no texto.
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