Publicado Quinta, 16 de Janeiro de 2020 às 14:52, por: CdB
O número ficou acima da expectativa em pesquisa da agência inglesa de notícias Reuters de alta de 0,10%, e ainda mostrou aceleração na comparação com o ritmo do mês anterior. Entretanto, a expansão de outubro foi reduzida com força para 0,09%, após o BC divulgar anteriormente alta de 0,17%.
Por Redação - de Brasília
A atividade econômica brasileira foi revisada para baixo, nesta quinta-feira, e o Banco Central (BC) reforçou a existência de sinais de hesitação da economia, no final de 2019. Considerado sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), no entanto, registrou alta de 0,18% em relação a outubro, em dados ajustados sazonalmente informados pelo BC.
Segundo o Banco Central, a Selic deve terminar 2020 a 5,25%
O número ficou acima da expectativa em pesquisa da agência inglesa de notícias Reuters de alta de 0,10%, e ainda mostrou aceleração na comparação com o ritmo do mês anterior. Entretanto, a expansão de outubro foi reduzida com força para 0,09%, após o BC divulgar anteriormente alta de 0,17%.
Gradual
Sobre novembro de 2018, o IBC-Br apresentou ganho de 1,10% e, no acumulado em 12 meses, houve avanço de 0,90%, segundo números observados.
— Há sinais de que a atividade econômica está acelerando, mas não parece ser um movimento muito forte. Reforça esse cenário de que a atividade vai continuar acelerando, mas ainda assim em ritmo gradual — avaliou a economista-chefe da consultoria Rosenberg & Associados, Thais Marzola Zara.
Ela calcula um crescimento do PIB de 0,6% no quarto trimestre, fechando o ano de 2019 com expansão de 1,2%.
Em queda
Os dados de novembro sobre a atividade levantaram sinais de alerta ao renovarem indícios de fraqueza na economia, provocando dúvidas sobre o desempenho no quarto trimestre. Em novembro, a única atividade a apresentar ganhos foi a de vendas no varejo, mas abaixo do esperado, ao subirem 0,6% em relação a outubro.
Já a produção industrial brasileira recuou 1,2% em novembro, voltando a cair depois de três meses, enquanto o setor de serviços do Brasil interrompeu dois meses de ganhos com queda de 0,1% no volume.
Selic
A expectativa era de que o quarto trimestre refletisse com mais força a queda da taxa de juros básica Selic para a mínima histórica de 4,5%, alcançada em dezembro. Também é um período marcado pela liberação do FGTS e melhora da confiança.
Mas agora o mercado já lida com a possibilidade de reduzir mais as projeções de inflação, abrindo espaço para mais cortes da taxa básica de juros Selic, além de prejudicarem as expectativas de fluxo cambial ao país.