Os siameses peruanos, nascidos em 28 de novembro unidos pelo tórax, morreram na última terça-feira devido ao coração que compartilhavam não resistir aos múltiplos problemas respiratórios que padeciam, informaram familiares dos bebês.
A morte de José Gabriel e Miguel Angel aconteceu esta madrugada no hospital Daniel Alcides Carrión, da província de Callao, ao leste de Lima, onde nasceram e eram assistidos por uma equipe médica.
Os bebês estavam unidos pelo tórax e compartilhavam órgãos vitais – como o coração, o fígado e os intestinos -, o que para os médicos era um sinal de que não teriam muitas chances de viver.
Javier Zagarra Ríos, chefe de Neonatologia do centro assistencial onde nasceram os siameses, advertiu que a separação desses ‘pequenos corpos’ representava um ‘desafio médico’ e, portanto, a média de vida dos bebês ‘era muito limitada’.
– Eventualmente, um dos dois bebês teria que morrer para que seu irmão vivesse – falou.
Os siameses foram atendidos durante sua curta vida por uma equipe de 30 especialistas (neonatólogos, pediatras, cardiologista e gastroenterologista) da unidade de Cuidados Intensivos do Hospital Daniel Alcides Carrión. Uma dificuldade extra era que José Gabriel e Miguel Angel nasceram prematuros, o que lhes causou dificuldades respiratórias e que gerou a parada cardíaca que terminou com suas vidas.
Os meninos também compartilhavam o cordão umbilical, que impedia que tivessem um umbigo regular. A mãe dos bebês, María Egusquiza de 21 anos, foi abandonada logo que o pai das crianças soube que estava grávida de siameses.
A mulher, de precária condição econômica, pediu ajuda monetária pelos meios de comunicação peruanos para pagar as despesas de assistência médica dos siameses.
Bebês siameses do Peru não resistem a problemas cardíacos
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Publicado quarta-feira, 10 de dezembro de 2003 as 00:37, por: CdB