Beija-Flor - espelho da lendária criatura

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Publicado Quinta, 15 de Fevereiro de 2018 às 14:02, por: CdB

A Beija-Flor traiu na avenida a maravilhosa letra do próprio samba-enredo que entoou. Contrariando a narrativa pobre do desfile prático da Beija-Flor, a Petrobras que abraça a favela, tem possibilitado aqueles negros, não em transformar-se em marginais mas em campeões.

 

Por Gerson Carneiro - de São Paulo

 

Ao transformar em uma favela o prédio sede da Petrobras, obedeceu o padrão da lendária criatura, a Rede Globo, e colou com cuspe na alegoria da escola o velho estigma de que negros, moradores de favelas, alvos na mira do desprezo e da segregação, são assaltantes, são bandidos. Tornando assim fácil o desfile aos narradores e comentaristas que se calaram diante da Paraíso do Tuiuti.

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A carioca Rafaela Silva tornou-se a primeira judoca brasileira a avançar à semifinal dos Jogos Rio 2016. Isso a Beija-Flor não disse

Contrariando a narrativa pobre do desfile prático da Beija-Flor, a Petrobras que abraça a favela, tem possibilitado aqueles negros, não em transformar-se em marginais mas em campeões, monstros carentes de amor e de ternura.

Gerson Carneiro é midiativista.

PS: na foto, a judoca Rafaela Silva; patrocinada pela Petrobrás, foi a primeira brasileira a se sagrar campeã mundial de Judô. E campeã Olímpica.

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