Blair e Sharon reiteram seu apoio ao Mapa de Caminho em Londres

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Publicado Segunda, 14 de Julho de 2003 às 18:05, por: CdB

O primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, e seu colega israelense, Ariel Sharon, reiteraram, nesta segunda-feira, seu apoio ao Mapa de Caminho, numa longa reunião em Downing Street antecedida pela negativa de Londres a isolar o presidente palestino, Yasser Arafat.

Os dois dirigentes se reuniram durante duas horas e meia. Do lado de fora de Downing Street, um grupo de barulhentos manifestantes protestava contra a visita do conservador chefe do governo israelense ao Reino Unido.

- Foi um encontro muito cordial e construtivo - disse ao fim da reunião um porta-voz do primeiro-ministro britânico.

Anteriormente, o ministro de Assuntos Exteriores britânico, Jack Straw, havia rejeitado o pedido de Sharon para que o Reino Unido rompesse seus contatos com Arafat, presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP).

- Straw deixou claro que, como o resto da União Européia, consideramos que Arafat é o presidente democraticamente eleito da Autoridade Palestina e continuaremos mantendo contatos com ele quando acharmos oportuno - um porta-voz do minsitério de Exteriores.

O primeiro-ministro israelense quer que os dirigentes ocidentais isolem Arafat porque acredita que o líder palestino interfere no trabalho do novo primeiro-ministro, Abu Mazen, com o qual já se reuniu várias vezes.

O porta-voz do primeiro-ministro britânico não disse se Blair e Sharon conseguiram durante o encontro -que começou com um jantar- conversar sobre as divergências que tiveram ultimamente.

Eles falaram "sobre o processo de paz para o Oriente Médio. Ambas as partes reafirmaram seu compromisso para o sucesso do Mapa de Caminho e decidiram trabalhar estreitamente para que este avance", afirmou o porta-voz, explicando que também foram discutidos assuntos de interesse bilateral e regional.

O Governo israelense se incomodou com Londres no ano passado, quando Blair recebeu em Downing Street o então líder trabalhista, Amran Mitzna, e não Benjamin Netanyahu, ministro de Exteriores de Israel na época.

Como represália, Sharon proibiu a saída de Israel dos representantes palestinos que o Ministério de Exteriores britânico havia convidado para participar de uma conferência de paz realizada em Londres em meados do ano passado.

O primeiro-ministro israelense, que chegou na tarde de domingo a Londres, permanecerá mais dois dias no Reino Unido para reunir-se com líderes judeus e com outros políticos, antes de viajar na quarta-feira à Noruega, de onde voltará a Israel.

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