Bolsonaro é alvo de vaias e protestos nos blocos de carnaval por todo país

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Publicado Sexta, 01 de Março de 2019 às 12:21, por: CdB

Os foliões baianos abriram o calendário oficial com um protesto massivo contra o governo de ultradireita do capitão Bolsonaro.

 
Por Redação - do Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo
  O início deste carnaval já deixou claro que o alvo deste ano será mesmo o presidente Jair Bolsonaro (PSL). Após a vaia de mais de 1 milhão de paulistanos, na véspera, foi a vez dos foliões baianos abrirem o calendário oficial com um protesto massivo contra o governo de ultradireita. A festa popular mais importante do ano se transforma, rapidamente, em um veículo da insatisfação do eleitor.
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Milhares de foliões protestaram contra o presidente Bolsonaro e seus ministros
Na capital paulista, mais de um milhão de pessoas, no último domingo, se divertiam em um dos maiores blocos carnavalescos da cidade, o Acadêmicos do Baixo Augusta. O protesto foi expontâneo. O bloco saiu às ruas com um discurso político e elegeu Damares Alves, homofobia e Bolsonaro como seus principais alvos. Entre outros gritos de guerra, o mais popular foi: "Ei, Bolsonaro, vai tomar no *…” com fundo musical da bateria. Os artistas Aydar e Simoninha puxaram gritos de "ele não" e "ele nunca”. O ex-juiz Sérgio Moro, depois de Bolsonaro, transformou-se no alvo dos protestos, pelas redes sociais, ao ceder à pressão do grupo ligado ao presidente. Na contramão, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) comemorou, nesta sexta-feira, a exoneração da cientista política Ilona Szabó do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, numa clara derrota política para o ex-juiz e ministro da Justiça, Sérgio Moro, responsável por sua indicação.

Solidariedade

"Após exoneração de Ilana Szabó outro que era contra o projeto anti-crime de Moro pede para sair. O desarmamentista Renato Sérgio de Lima, do Conselho Nacional de Segurança Pública e Defesa Social, dispensou-se em solidariedade a Szabó. #grandedia", escreveu Eduardo Bolsonaro pelo Twitter. Moro, em nota, retirou a nomeação de Ilona Szabó para o Conselho e pede "escusas" à ativista e explica que a indicação teve "repercussão negativa entre certos segmentos”. Quando o nome de Ilana Szabó foi anunciado, nesta semana, o exército pró-Bolsonaro na internet fez campanha para que ela não integrasse o governo. A desnomeação, portanto, é uma derrota para Moro, que recuou após a pressão. Após exoneração de Ilana Szabó, o também desarmamentista Renato Sérgio de Lima pediu para se retirar do colegiado, em solidariedade à cientista política.
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