Bolsonaro passa por nova derrota e perde popularidade para Sérgio Moro

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Publicado Quinta, 05 de Setembro de 2019 às 08:50, por: CdB

Nova pesquisa Datafolha indica que aprovação do ministro da Justiça e Segurança Pública supera em 25 pontos a de Jair Bolsonaro.

Por Redação, com Reuters - de São Paulo O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, é aprovado por 54% da população, um desempenho 25 pontos superior ao do presidente Jair Bolsonaro, de acordo com pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira. Mais popular e mais bem avaliado entre os ministros do governo Bolsonaro, o ex-juiz da operação Lava Jato é considerado ótimo/bom por 54% dos entrevistados, enquanto 20% o consideraram ruim/péssimo e 24% o avaliam como regular, segundo o levantamento publicado pelo diário paulistano Folha de S.Paulo.
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Pesquisa indica que aprovação do ministro da Justiça e Segurança Pública supera em 25 pontos a de Jair Bolsonaro
Em comparação, pesquisa Datafolha publicada na segunda-feira mostrou avanço na reprovação de Bolsonaro para 38% em agosto ante 33% em julho, enquanto a aprovação passou para 29% de 33%. Bolsonaro provocou uma crise com Moro e a Polícia Federal no mês passado ao indicar uma troca na chefia da Superintendência da PF no Rio de Janeiro, unidade que investiga seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ). Depois, questionado sobre uma possível ingerência na PF, o presidente disse que era ele quem mandava na corporação e, se fosse o caso, poderia mudar o próprio diretor-geral da corporação, Maurício Valeixo, que foi indicado para o cargo por Moro. O presidente, posteriormente, usou um evento no Palácio do Planalto para elogiar Moro e tentar acalmar o desgaste. A pesquisa Datafolha foi realizado com base em 2.878 entrevistas, realizadas em 175 municípios de todo o país, em 29 e 30 de agosto. A margem de erro do levantamento é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa apontou, também, que 18% dos entrevistados dizem que saúde é o principal problema no Brasil no governo de Bolsonaro e que 15% estão mais preocupados com Educação, e outros 15% com o desemprego. Derrotas Em agosto uma pesquisa realizada pelo CNT/MDA mostrou que a desaprovação ao desempenho pessoal do presidente Jair Bolsonaro saltou para 53,7% em agosto, ante 28,2% em fevereiro. A pesquisa também mostoru a relação com o Congresso atual. Dos entrevistados, 31,6% afirmam que o presidente tem conseguido uma boa articulação para aprovar temas importantes para o Brasil, enquanto 55,6% acham que ele não está conseguindo articular as propostas. 12,8% não souberam ou não responderam. A pesquisa mostra, ainda, que entrevistados apontaram Saúde (54,7%), Educação (49,8%) e Emprego (44,2%) como os maiores desafios do atual governo. Dentre as onze opções apresentadas, os entrevistados deixaram Energia (2,0%), Saneamento (3,1%) e Transporte (3,5%) como os menores desafios. A pesquisa coloca o Combate à Corrupção (31,3%), Segurança (20,8%) e Redução de cargos e ministérios (18,5%) como as áreas que o governo melhor atuou nestes oito meses. Em outra pesquisa realizada pelo Datafolha, na quarta-feira, Jair Bolsonaro sofreu mais uma derrota. De acordo com a pesquisa, a maioria dos brasileiros é contra a indicação do filho do presidente para a principal embaixada brasileira. Segundo o instituto de pesquisas, 70% dos brasileiros reprovam a indicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), para a embaixada brasileira nos Estados Unidos. Ainda segundo a pesquisa, 23% das pessoas entrevistadas apoiam a indicação do deputado para o cargo diplomático. A pesquisa também constatou que 1% dos entrevistados acredita que o presidente não age bem nem mal ao indicar o filho e outros 5% não sabem responder. Dentre todos os recortes apontados pela pesquisa, o maior apoio à medida do presidente vem dos evangélicos, uma de suas principais bases de apoio. Mesmo assim os números não são favoráveis para o presidente. Entre os evangélicos, 32% dos entrevistados apoiam a indicação e 61% são contra. O Datafolha realizou 2.878 entrevistas em 175 municípios brasileiros. A pesquisa tem margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
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