Bolsonaro perde aliados ao levar o PL a uma corrida por mais espaço

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Publicado Quinta, 24 de Fevereiro de 2022 às 12:38, por: CdB

O movimento, no entanto, desagrada aliados, em especial o Republicanos. Atualmente, apenas mais duas legendas, além desta, estão com o chefe do Executivo: PL e PP, essa última do ministro Ciro Nogueira e do deputado Artur Lira, presidente da Câmara. Ambas integram o grupo parlamentar conhecido como 'Centrão'.

Por Redação - de Brasília
A articulação de Jair Bolsonaro (PL) e de Valdemar Costa Neto, ‘dono’ da legenda do presidente, para gerar uma filiação em massa ao partido ampliou uma crise com o Republicanos e ameaça apoio à campanha de reeleição. Bolsonaro está obcecado com a ideia de lançar candidatos com o mesmo número de urna que ele, 22 do PL, que também coincide com o ano em que busca sua recondução, disseram interlocutores ao diário conservador paulistano Folha de S. Paulo.
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O ex-deputado Valdemar da Costa Neto, líder do PL, uma das legendas do 'Centrão', é hoje figura proeminente no governo Bolsonaro
O movimento, no entanto, desagrada aliados, em especial o Republicanos. Atualmente, apenas mais duas legendas, além desta, estão com o chefe do Executivo: PL e PP, essa última do ministro Ciro Nogueira e do deputado Artur Lira, presidente da Câmara. O presidente do Republicanos, Marcos Pereira, passou a cobrar de forma mais enfática uma melhor distribuição de filiados entre os partidos da base, em especial os chamados "puxadores de voto" do bolsonarismo.

Investida

Pereira disse ao jornal, na véspera, que Bolsonaro atrapalha a permanência do partido na base que apoiará a sua reeleição. — O presidente Bolsonaro atrapalha o Republicanos a permanecer na base do governo com esse comportamento e atrapalha o Republicanos a crescer — observou. A aliados, nos últimos dias, o dirigente também se queixou do que seria uma investida de Bolsonaro para levar deputados do seu partido para o PL durante a janela partidária. A preferência pela filiação ao partido de Valdemar desagrada também a integrantes do PP, partido que também compõem a base e que chegou a tentar receber Bolsonaro. O mandatário havia dito que ajudaria as demais siglas que o sustentam a crescer. — Pode ter certeza que nenhum partido será esquecido por nós. Não temos aqui a virtude de sermos o único certo, queremos, sim, compor nos Estados — adiantou Bolsonaro em dezembro, quando se filiou ao partido pelo qual seguirá adiante.
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