Nesta sexta-feira, 100 agentes de saúde começam o combate à dengue na Praça do Bandolim, em Curicica, Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, e a partir de segunda-feira 500 bombeiros serão treinados durante três dias para formarem com os 100 agentes de saúde uma força-tarefa que sairá às ruas do Rio, de preferência nos lugares em que haja mais focos do Aedes aegypti, para o combate à dengue no município. Os secretários de Saúde, Gílson Cantarino, e de Defesa Civil, coronel Carlos Alberto de Carvalho deflagaram nesta quarta-feira, no Palácio Guanabara a a ação de prevenção à dengue, visando livrar a população do perigo de uma epidemia da doença.
Segundo Cantarino, os 500 bombeiros aprenderão, de segunda a quarta-feira, as técnicas de manuseio dos produtos e dos equipamentos utilizados, bem como a forma de abordagem dos moradores.
– Vamos mapear as áreas onde os bombeiros deverão atuar – antecipou Cantarino.
O secretário de Saúde explicou ainda que os bombeiros farão o trabalho de tratamento focal, com a verificação dos locais onde possam estar proliferando focos do mosquito, especialmente nos bairros de Jacarepaguá e da Barra da Tijuca.
— O Corpo de Bombeiros vai entrar no trabalho junto com a Secretaria de Saúde nas áreas de maior ocorrência do problema, principalmente naquelas áreas onde a população não deixa que agentes de saúde tenham acesso à residência por temor de assaltos. A corporação estará identificada pelo uniforme e o bombeiro não estará sozinho na ação. Haverá sempre uma equipe – explicou Cantarino.
O secretário de Saúde informou que foram registrados até agora 109 casos de dengue no estado. Desse total, 72 ocorreram na cidade do Rio, concentrados principalmente em Jacarepaguá e Barra.
Ele explicou que não se pode falar em epidemia.
– Está evidente que não há epidemia, mas estamos verificando um número crescente de casos em determinada região do Rio, o que caracteriza-se, tecnicamente, uma hiper-endemia, quando ocorre o aumento de casos em uma determinada região – esclareceu Cantarino.
O secretário disse também que os hospitais do estado estão preparados para atender os casos de dengue. Segundo ele, a situação do estado é confortável.
– Em janeiro do ano passado, tivemos em torno de 300 casos. Hoje, dia 18, temos 109 casos. Isso não dá nenhum alarme de epidemia. Mas é claro que não podemos negligenciar em nenhum momento nosso trabalho, que é complementar, nem nas ações municipais que são as ações do dia-a dia. Temos que alertar a população para que fique atenta a seu meio ambiente. Noventa por centos dos casos de infestação do mosquito estão dentro do domicílio, no jardim ou no quintal – completou o secretário de Saúde.
Cantarino informou que já houve uma reunião com os técnicos do município para o início do trabalho em conjunto.
– O problema é de saúde pública. Não podemos deixar que cresça o número de casos que hoje está infestando a Barra da Tijuca e Jacarepaguá – finalizou.