A juíza considerou necessária a prisão, considerando o fato de se tratar de atleta estrangeiro, sem residência fixa no país
Por Redação, com ABr – do Rio de Janeiro:
O lutador de boxe Hassan Saada, de Marrocos, deve ser transferido ainda nesta sexta-feira para o Complexo de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste do Rio. Por não ter curso superior, ele ficará em uma ala destinada a presos comuns. O atleta teve a prisão temporária decretada por 15 dias pela juíza Larissa Nunes Saly, do Juizado do Torcedor e Grandes Eventos do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. Ele é acusado de assédio sexual contra duas camareiras que limpavam o quarto do atleta na Vila Olímpica, na Barra da Tijuca. O acusado foi preso nesta sexta-feira, pela manhã.
A juíza considerou necessária a prisão, considerando o fato de se tratar de atleta estrangeiro, sem residência fixa no país. O boxeador foi incurso no Art. 213 do Código Penal, pelo crime de constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso.
– É necessária a prisão do indiciado à complementação das investigações, mormente porque, livre, o mesmo pode influenciar as diligências necessárias e, até, reincidir na prática de violência de gênero, eis que dois já são os fatos. Saliente-se que o mesmo não possui residência fixa no país, eis que atleta de delegação olímpica estrangeira, o que dá flagrante dimensão de risco de sua evasão, frustrando a eventual aplicação da lei penal – escreveu a juíza Larissa Saly, em um trecho da decisão.
A magistrada ressaltou sua indignação em relação ao comportamento do boxeador marroquino.
– É inacreditável que um atleta que deveria vir ao país para passar uma mensagem de espírito olímpico, aja com total desrespeito com quem o acolhe, cometendo atos gravíssimos e repudiados em qualquer lugar do mundo.