BP reduz ativos, enquanto reinventa seu papel na economia mundial

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Publicado Segunda, 15 de Junho de 2020 às 10:25, por: CdB

O movimento vem em momento em que o presidente da petroleira, Bernard Looney, se prepara para apresentar em setembro sua estratégia para “reinventar” a BP, o que incluirá um foco menor em petróleo e gás e um negócio maior em renováveis.

Por Redação, com Reuters - de Londres
A British Petroleum (BP) fará baixas de até US$ 17,5 bilhões no valor de seus ativos após ter cortado projeções de longo prazo para os preços do petróleo e do gás, apostando que a crise da covid-19 terá impactos duradouros sobre a demanda por energia e acelerará uma transição de combustíveis fósseis para baixo carbono. Assim como rivais, a petroleira britânica deve ter um grande impacto na receita devido à queda sem precedentes na demanda causada pela pandemia. As baixas contábeis devem elevar o peso de sua dívida e aumentar a pressão para que a empresa reduza os dividendos.
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A petroleira britânica BP busca um novo lugar no novo formato da economia, pós-pandemia da covid-19
O movimento vem em momento em que o presidente da petroleira, Bernard Looney, se prepara para apresentar em setembro sua estratégia para “reinventar” a BP, o que incluirá um foco menor em petróleo e gás e um negócio maior em renováveis. A BP reduziu suas projeções para o petróleo Brent, referência internacional, para em média US$ 55 por barril até 2050, uma queda de cerca de 30% ante a cotação assumida anteriormente, de US$ 70.

Reconstrução

A projeção é a menor entre as maiores empresas de energia da Europa, segundo análise do Barclays. A BP também disse que as consequências da pandemia vão acelerar a transição rumo a uma economia de baixo carbono, em linha com as metas do acordo climático de Paris de 2015. — Nós redefinimos nossas perspectiva de preços para refletir esse impacto e a probabilidade de maiores esforços para uma ´reconstrução para melhor´, rumo a um mundo consistente com o acordo de Paris — afirmou Looney. Na semana passada, a BP confirmou que cortará cerca de 15% de sua força de trabalho em resposta à crise do coronavírus e como parte da estratégia do novo CEO.
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