Brasil chega a Osaka com moral econômica deprimida, após queda no PIB

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Publicado Quinta, 27 de Junho de 2019 às 14:27, por: CdB

Além do número desanimador, analistas de mercado reduziram a projeção de crescimento do PIB mais de 15 vezes consecutivas. Agora, o crescimento previsto para 2019 é de apenas 0,8%, ante estimativa anterior, feita em março, de uma expansão de 2,0%.

 
Por Redação - de São Paulo
  Na cúpula dos 20 países mais relevantes, economicamente, no mundo, o G20, em Osaka, no Japão, o Brasil chega com o quinto pior desempenho econômico entre os países membros, neste primeiro trimestre. Levantamento da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), entre janeiro e março, mostra que o país teve contração de 0,2% em comparação com um crescimento minúsculo, de 0,1%, no trimestre passado.
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Além do número desanimador, analistas de mercado reduziram a projeção de crescimento do PIB mais de 15 vezes consecutivas. Agora, o crescimento previsto para 2019 é de apenas 0,8%, ante estimativa anterior, feita em março, de uma expansão de 2,0%. Brasil deve fechar este ano em recessão. A África do Sul e a Coreia do Sul foram as economias do grupo onde o Produto Interno Bruto (PIB) mais desacelerou no grupo do G-20, com contrações de 0,9% e de 0,4%, respectivamente, comparado com taxas positivas de 0,3% e 0,9% no último trimestre de 2018, conforme levantamento da OCDE.

Nomes sujos

A recessão econômica na Argentina coloca o país em terceiro lugar com contração de 0,22% comparado a -1,2% no trimestre anterior.  De acordo com os dados, a China e a Índia tiveram ligeira desaceleração, mas continuaram com o maior crescimento no G-20 também no primeiro trimestre, de 1,4% e 1,5%, respectivamente. O Brasil tem mais de 60 milhões de pessoas com nomes sujos no SPC e quase 40 milhões na informalidade, o que é um entrave para alancar o consumo e retomar o crescimento. O mais grave foi a declaração de Bolsonaro em março no Chile durantecafé da manhã com empresários daquele país: "A nossa equipe econômica que desregulamentar muita coisa. Eu tenho dito que na questão trabalhista nós devemos beirar a informalidade porque a nossa mão de obra talvez seja uma das mais caras do mundo. A Consolidação das Leis Trabalhistas não se adequa mais à realidade", disse. Falta de mercado consumidor e de proposta para atrair investimento dão o tom de um governo sem rumo.
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