Brasil tende a mudar de opinião quanto à quebra de patentes das vacinas

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Publicado Quinta, 06 de Maio de 2021 às 12:49, por: CdB

O chanceler brasileiro, Carlos França, afirmou que discutirá o tema com a representante de Comércio dos Estados Unidos, Katherine Tai, em reunião agendada para o fim da tarde desta sexta-feira e deixou antever que o país poderá mudar sua posição.

Por Redação- de Brasília

Após os Estados Unidos anunciarem, na véspera, que passarão a apoiar a quebra de patentes de vacinas contra covid-19, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Carlos França, ao participar de uma audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado nesta quinta-feita, afirmou que o país poderá também apoiar a suspensão de patentes na Organização Mundial do Comércio (OMC).

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O embaixador Carlos Alberto França assumiu a chefia do Itamaraty

O chanceler afirmou que discutirá o tema com a representante de Comércio dos Estados Unidos, Katherine Tai, em reunião agendada para o fim da tarde desta sexta-feira.

— Nada impede que a posição que o Executivo (o governo brasileiro) tem hoje seja atualizada amanhã, se nessa atualização estiverem refletidos os mais legítimos interesses do Brasil — disse França.

A União Europeia nesta quinta-feira também se manifestou favoravelmente ao debate sobre a quebra de patentes.

Lobby

Ainda nesta quarta, países-membros da OMC tiveram nova rodada de discussões sobre suspensões a direitos de propriedade intelectual. Índia e África do Sul, que propuseram o modelo de suspensão, estão trabalhando em um novo plano que deve ser discutido nas próximas semanas.

— A gente sempre defendeu essa proposta, por entender que estamos em um tempo e uma circunstância inusitada e que para tanto medidas inusitadas precisam ser tomadas, para a gente fazer esse enfrentamento. O Senado, de uma forma altiva, saiu na frente — disse o senador Nelsinho Trad (PSD-MS), relator do projeto de lei aprovado na Casa, que prevê suspensão de patentes de vacinas e de medicamentos.

O projeto de lei está agora na Câmara, onde há resistências por parte do presidente, deputado Arthur Lira (PP-AL). O governo federal também faz lobby para que Lira barre o projeto.

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