Briga por herança na família Safra vai parar nos tribunais

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Publicado Terça, 07 de Fevereiro de 2023 às 12:27, por: CdB

A família Safra se posicionou em nota divulgada nesta manhã, na qual afirma que “Alberto promove disputa contra toda a família, dizendo que o pai não teria motivos para fazer o que fez, alegando tratar-se de uma conspiração para prejudicá-lo".

Por Redação, com agências internacionais - de Nova York (NY-EUA)
Principal herdeiro de Joseph Safra – o homem mais rico do Brasil até sua morte, em 2020 –, Alberto Safra recorreu aos tribunais contra a mãe, Vicky Safra, e os irmãos Jacob e David, em mais um capítulo da disputa pela herança bilionária do pai. A ação, impetrada na última sexta-feira junto à Justiça do Estado de Nova York, reafirma que os irmãos diluíram de forma ilegal sua participação na SNBNY (holding que controla o Safra National Bank, um banco norte-americano com US$ 9 bilhões em ativos, e que não tem relação com o Banco Safra brasileiro).
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O banqueiro Joseph Safra era muito conhecido por sua discrição
Segundo a petição inicial, a diluição ocorreu em dezembro de 2019, quando Joseph enfrentava sérios problemas de saúde. A nova distribuição societária, ainda segundo a defesa de Alberto, foi feita criando um lucro artificial derivado de uma reavaliação contábil da empresa - o que os advogados chamaram de “manobras financeiras e contábeis inexplicáveis e suspeitas”. Com base nesse lucro fictício, os irmãos teriam emitido novas ações, que foram alocadas para eles.

Memória

“As transações não tinham propósito econômico legítimo ou lógica comercial. (...) O único efeito delas foi diluir a participação de Alberto na SNBNY e inflar as participações de seus irmãos, David e Jacob, sem que eles (ou qualquer um deles) tivessem investido qualquer capital adicional. Os réus planejaram essas transações sem a devida autorização do conselho”, diz a ação. O documento afirma ainda que, com as transações, o valor do Safra National Bank foi “inflado” em mais de US$ 870 milhões. Com as supostas manobras, a participação de Alberto caiu de 28% para 13,4%. Também de acordo com o processo, Alberto só soube da perda de participação após a morte do pai, em dezembro de 2020. A família Safra se posicionou em nota divulgada nesta manhã, na qual afirma que “Alberto promove disputa contra toda a família, dizendo que o pai não teria motivos para fazer o que fez, alegando tratar-se de uma conspiração para prejudicá-lo. A família lamenta o caminho adotado por Alberto, que primeiro atentou contra o pai em vida e agora o faz contra sua memória, e refuta suas alegações”.
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