Bush começa campanha eleitoral e ataca democratas

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Publicado terça-feira, 10 de fevereiro de 2004 as 09:52, por: CdB

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, entrou de vez em campanha para as eleições presidenciais de 2 de novembro. Bush atacou abertamente os democratas ontem, durante visita relâmpago ao Missouri – estado considerado chave em suas intenções de reeleição.

Na cidade de Springfield, o presidente norte-americano advertiu seus partidários contra os discursos contrários aos cortes de impostos de sua administração, em clara referência às críticas democratas. No entanto, o mandatário foi discreto e não acusou ninguém diretamente.

“A gente precisa escutar atentamente. Quando dizem que vão anular os cortes de impostos de Bush, estão dizendo que vão elevar os impostos e isso é ruim. É péssimo para a economia”, salientou Bush em claro contra-ataque aos democratas.

O presidente republicano fez da redução dos impostos um eixo de sua política econômica, mas agora precisa que o Congresso norte-americano aprove de forma permanente os cortes.

“A redução dos impostos permitiram ao país retomar o crescimento. A economia está melhor”, reforçou o presidente. Em maio de 2003, Bush conseguira uma redução de US$ 350 bilhões nos impostos por cerca de 10 anos.

No entanto, esses cortes têm datas variadas para expirar como, por exemplo, a redução dos impostos familiares que vence no fim de 2004, ou mesmo, o corte que recaiu sobre os lucros, previsto para acabar em 2008. John Kerry, favorito democrata na corrida à Casa Branca, acusou Bush de manter uma política fiscal estremada.

John Edwards, também aspirante do partido, acredita que a redução fiscal do Governo Bush aumentou perigosamente a brecha entre ricos e a maioria da população norte-americana. O porta-voz da Casa Branca, Scott McClellan, declarou que o presidente se manterá concentrado sobre as grandes prioridades que o país deve enfrentar.

Pesquisas recentes indicam que o presidente vem perdendo vantagem rapidamente para Kerry, que inclusive em algumas sondagem aparece como vencedor caso a eleição pela Casa Branca fosse realizada hoje.