Bush fala ao Conselho de Segurança: 'ONU que não se engane com Iraque'

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Publicado Terça, 17 de Setembro de 2002 às 20:06, por: CdB

O presidente norte-americano, George W. Bush, alertou nesta terça-feira o Conselho de Segurança das Nações Unidas a "não se deixar enganar" pela oferta iraquiana de permitir o retorno incondicional dos inspetores de armas ao país. Em discurso durante uma cerimônia de arrecadação de fundos para o Partido Republicano em Nashville, no estado do Tennessee, Bush insistiu que a ONU adote ações para garantir a "paz mundial". Na véspera, diante de mobilizações cada vez mais crescentes dos Estados Unidos em busca de um consenso em torno de um ataque ao Iraque, o governo de Bagdad convidou os inspetores de armas a retornar ao país. "Pelo bem da liberdade e justiça para todos, o Conselho de Segurança das Nações Unidas tem que agir, agir de maneira a responsabilizar este regime. Não se enganem, sejam relevantes na manutenção da paz", declarou Bush. "Os Estados Unidos mantêm uma convicção forte de que não devemos e não permitiremos que os piores líderes do mundo nos sujeitem e a nossos amigos e aliados à ameaça das piores armas do mundo", acrescentou. Por sua vez, o secretário de imprensa da Casa Branca, Ari Fleischer, afirmou que as palavras do presidente iraquiano, Saddam Hussein, não merecem crédito. Na opinião de Fleischer, se não aceitar discutir uma nova resolução, conforme proposto pelos Estados Unidos, o Conselho de Segurança da ONU permitirá que o Iraque continue desenvolvendo armas de destruição em massa. "Agora não é hora de tirarmos a pressão de cima do Iraque", disse Fleischer, que acompanhou Bush na viagem ao Tennessee. "Se a palavra de Saddam Hussein tivesse algum valor, ele teria se desarmado há muito tempo", concluiu. Em Nova York, onde participou de reuniões sobre um novo plano de paz para o Oriente Médio, o secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, exortou os colegas do Conselho de Segurança da ONU a continuar exercendo pressão sobre Bagdad. "Já vimos este jogo antes", afirmou. "O que precisamos agora é de uma nova estrada, uma estrada diferente da que vimos no passado, com condições mais rígidas, padrões rígidos... para garantir a necessidade do desarmamento". EUA mandam equipamentos militares para o Golfo Enquanto isso, em Washington, uma porta-voz do Comando de Transporte Marítimo Militar dos Estados Unidos, Marge Holtz, informou que as Forças Armadas do país estão preparando o envio de milhares de quilos em equipamento para diversos destinos no Golfo Pérsico. Segundo Holtz, seu setor contratou um navio de carga comercial para levar cerca de 35 toneladas de equipamentos, que incluem veículos e contêineres, de alguns portos na Europa para o Golfo. A porta-voz não quis especificar de que países partirão os equipamentos. "Não estou ciente dos detalhes exatos deste embarque, mas esperamos que a carga deixe a Europa nos próximos dois ou quatro dias", contou. O navio sairá do norte da Europa com 28 toneladas de equipamento e pegará o restante em outras duas escalas a caminho do Golfo.

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