A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL) condenou os protestos de caminhoneiros que bloqueiam estradas pelo país e acusou empresários do setor agropecuário de estarem por trás das manifestações.
Por Redação, com Brasil de Fato – do Rio de Janeiro
Esta terça-feira amanheceu com bloqueio da RJ-104 no trecho Niterói-Manilha, causando engarrafamento na direção de Itaboraí, Magé, Região Serrana ou Norte Fluminense. O trânsito ficou completamente parado até às 9h50 da manhã, quando os caminhões foram retirados da estrada, cessando o engarrafamento nos dois sentidos da pista.
Em Petrópolis, na BR-040, na altura de Itaipava, um congestionamento também foi registrado por volta das 10h desta terça-feira. A Turp Transporte informou, por meio de nota, que todas as linhas que atendem a região de Itaipava estão afetadas, com atrasos e perdas de viagens, devido ao trânsito.
Os episódios integram os protestos que estão sendo feitos desde segunda-feira em alguns trechos de rodovias do país, após a derrota do atual presidente Jair Bolsonaro (PL), na eleição de domingo.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL) condenou os protestos de caminhoneiros que bloqueiam estradas pelo país e acusou empresários do setor agropecuário de estarem por trás das manifestações.
“A CNTTL repudia veementemente o movimento antidemocrático organizado por grupos rivais bolsonaristas que bloquearam algumas rodovias nesta segunda-feira, 31 de outubro, causando transtornos e represando o transporte de cargas”.
“Esses grupos, que segundo eles têm apoio de alguns representantes do Agronegócio, estão divulgando a ‘falsa alegação de que essa manifestação é dos caminhoneiros’. Importante deixar claro que esse movimento não é organizado pelos trabalhadores”, disse em nota.
STF cobra medida imediata
O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) referendou a decisão do ministro Alexandre de Moraes que determinou ao governo federal a adoção imediata de “todas as medidas necessárias e suficientes” para desobstruir as rodovias ocupadas por bolsonaristas.
Em caso de descumprimento da decisão, o STF determinou multa de R$ 100 mil por hora, afastamento e prisão em flagrante contra o diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, por crime de desobediência. A multa de mesmo valor também foi estipulada aos donos de caminhões usados nos bloqueios.
Moraes também determinou que sejam intimados “o Ministro da Justiça, o Diretor-Geral da Polícia Rodoviária Federal, todos os Comandantes-gerais das Polícias Militares estaduais; bem como o Procurador-Geral da República e os respectivos Procuradores-Gerais de Justiça de todos os Estados para que tomem as providências que entenderem cabíveis, inclusive a responsabilização das autoridades omissas”.